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Seleção completa um ano de título com dramas técnicos, táticos e emocionais

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Há exatamente um ano, a Seleção Brasileira renovava as esperanças de conquistar o hexa com o título da Copa das Confederações, no Maracanã. A goleada por 3 a 0 sobre a Espanha, que fechou a campanha de cinco vitórias em cinco jogos, deu a Luiz Felipe Scolari a base que hoje está nas quartas de final da Copa do Mundo. A euforia de 2013, no entanto, dá lugar à apreensão de 2014.

Um ano depois de passar por cima de Japão (3 a 0), México (0 a 0), Itália (4 a 2), Uruguai (2 a 1) e Espanha, a Seleção, com quatro jogos na Copa, já acumulou dois empates (diante de México e Chile) e conquistou duas vitórias, sobre Croácia e Camarões. As comparações com a Copa das Confederações são frequentes desde a apresentação do Brasil, em 26 de maio, na Granja Comary.

Na maioria das entrevistas coletivas, há o questionamento sobre o resgate das atuações de 2013, o que ainda não aconteceu. A análise do grupo é de que não adianta pensar no que passou: a Copa do Mundo exige muito mais, tanto na parte técnica, quanto, principalmente, na parte emocional. Superar o nervosismo tem sido o principal desafio de Felipão, que também convive com dilemas técnicos e táticos.

- A cada jogo a dificuldade vai subindo. Mas quando ganha com essa emoção, dessa forma, a gente pode fazer disso uma coisa boa, mostrar a eles que valeu a pena. Vamos buscar lá nos melhores momentos para valorizar - afirmou Scolari, após vitória nos pênaltis sobre o Chile, nas oitavas de final da Copa.

- A gente poderia ter sido eliminado, mas Deus foi bom com a gente - admitiu Neymar, que viu o chileno Pinilla mandar uma bola na trave nos últimos minutos da prorrogação, que terminou em 1 a 1.

Os últimos treinamentos não têm agradado Felipão. Um ano depois do título, o time titular mudou, com a saída de Paulinho para a entrada de Fernandinho, que não esteve na campanha de 2013. Daniel Alves e Fred enfrentam crise técnica e sofrem questionamentos da mídia e dos torcedores. O primeiro já foi trocado por Maicon em treinos, enquanto que o segundo deixou o segundo tempo contra o Chile para a entrada de Jô. Nem Maicon nas atividades e nem o atacante do Atlético-MG nas oitavas agradaram. Duas coisas não mudaram: Neymar segue sendo o 10 e principal arma da equipe e o treinador segue apostando no seu esquema 4-2-3-1, com poucas variações.

Se a campanha da Copa das Confederações foi tranquila, sem grandes obstáculos, a Seleção em 2014 vai criando seus inimigos para ganhar forças e responder com resultados em campo. Felipão já reclamou da imprensa internacional e das arbitragens, principalmente da Howard Webb, no sábado. Para o capitão do Brasil, há mais "adversários".

- O que me deixa chateado são os jornalistas brasileiros, essa é minha revolta. Às vezes temos de pensar um pouco antes de dar uma declaração, não ser torcedor, e sim, ser profissional. Hoje tenho consciência que não fomos bem (contra o Chile), mas o mais importante foi a vitória - disse Thiago Silva.

- Ninguém está falando do gol do Hulk, do pênalti nele, ninguém fala... Quando dá a favor da gente aí falam muito, né? Os juízes estão entrando em campo pensando: 'Não vamos dar para o Brasil'. Não sei se estão pensando dessa forma, mas na minha visão o melhor juiz que eu tinha jogado era esse do jogo contra o Chile, mas errou duas vezes - afirmou o zagueiro.

Se no dia 30 de junho de 2013 o Maracanã estava em festa com o baile sobre a Espanha, um ano depois a preocupação é retomar o bom futebol e mirar o desafio da próxima sexta: a embalada Colômbia é o adversário da vez, em Fortaleza, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Há exatos 365 dias, Fred fez dois gols no Rio, Neymar outro, e o estádio cantou com orgulho: "o campeão voltou!". O sonho é repetir a festa no mesmo palco, em 13 de julho.