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De olho no futuro! Porto faz peneiras e abre escolinhas pelo Brasil

Peneira do Porto (Foto: Divulgação)
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O Porto completou 120 anos há alguns meses, e em um dos seus vários projetos incluiu o Brasil de forma muito forte. O clube, através de sua 128 delegação, começou na semana passada a fazer peneiras pelo país, além de já ter instalado escolinhas oficiais.

Tudo começou no interior de São Paulo, quando o presidente do Porto Brasil, Alexandre Ribeiro, descobriu o jovem Lucas. Começaram os contatos com Glaucio Lopes, que trabalhava no Taubaté. Eles tinham projetos em comum e surgiu o primeiro peneirão.

- O Alexandre conheceu um garoto nosso do sub-13, nós entramos em contato, passamos o interesse do Alexandre, e este era um projeto que eu tinha há um tempo, eu já queria fazer parceria com um clube da Europa, ele também queria desenvolver o projeto, e já temos a estrutura, mas há um planejamento nacional. No ano que vem, deverão ser mais cinco eventos desse formato - explica Glaucio Lopes, que agora é o coordenador dos peneirões, ao LANCE!Net.

Apenas neste primeiro peneirão, foram cerca de 700 jovens inscritos em quatro categorias (sub-11, sub-13, sub-15 e sub-17). E todo o processo foi feito em um espaço de apenas 15 dias. Suficiente para superar todas as expectativas.

- Foi um peneirão diferente daqueles praticados no Brasil. Foram oito dias, com seletivas, várias fases e passamos tudo: postura, inteligência dentro e fora de campo, adaptação às posições. não era para ser de apenas 15, 20 minutos - explicou Alexandre ao LANCE!Net:

- Selecionamos alguns profissionais para passar a nossa filosofia, e que pudessem passar o que pretendemos aos poucos, para não ter um choque de cultura. Então são alguns treinadores brasileiros, que têm conhecimento da Europa e, juntos, criamos um grupo de trabalho para avaliação. A nossa visão não é para que sirvam para o Porto, mas para o futebol mundial.

PELO BRASIL
O projeto continua e é ambicioso. Em fevereiro, Brasília, que já tem duas escolinhas, vai receber o acampamento do Porto. As peneiras vão se multiplicar, e ajudar a fortalecer a marca do Porto no Brasil.

- O que me interessou em fazer a parceria, primeiro foi o fato da língua, que já ajuda bastante a mulecada. Eles já estranham bastante o tipo de jogo, que é bem mais rápido, e os brasileiros devem se adaptar, então tem língua, cultura... Por ser um clube português, ajuda bastante, e por outro lado, é um clube que tem afinidade com o brasileiro, são vários que se destacaram ao longo dos anos, isso também ajuda a garotada a se identificar, disputa a Liga dos Campeões, acaba despertando o interesse, fica fácil criar essa identificação – explica Glaucio, coordenador dos peneirões.

Glauber Rubini, ex-jogador de futsal e diretor da base do Porto, lembra que trata-se de um trabalho pioneiro no país.

- Vamos desenvolver as escolinhas, trabalhar bem a base, de uma forma que não existe no Brasil, estamos atrasados e sofrendo. A gente quer fazer o trabalho que tem na Europa, de técnica, tática, coordenação motora, fundamentos... E agregar com a qualidade que as crianças têm no Brasil, com a metodologia do Porto.

AVALIAÇÃO NA TERRINHA
Dois jovens que se destacaram nas atividades terão a sorte de viajar para Portugal em março. Lucas, do sub-13, e Natan, do sub-11, devem embarcar e para ser avaliados, treinar com os portugueses e ver um jogo no Dragão. Glauber Rubini explica ao LANCE!Net como será a passagem por lá.

- Vão ficar em avaliação, treinar, e aproveitar para visitar portugal, ver o Museu do FC Porto by BMG, conhecer o Estádio do Dragão, ter contato com os jogadores, ver um jogo, talvez ir ao vestiário, conhecer o Helton, todo mundo... Mas não estarão em passeio, vai treinar com os portugueses, adaptar a uma nova realidade. A gente quer que vá várias vezes, para quando ter 17, 18 anos, já saber o que é viajar, estar em outro lugar, com pessoas que não conhecem - disse, para depois ser complementado por Glaucio Lopes:

- O lado psicológico é importante, eu vou acompanhar esse projeto, até por ter referências da Europa, vamos dar uma atenção para que não sintam, que joguem tudo que podem lá, até por serem criança, podem ter dificuldades. Mas um dos critérios avaliados foi a personalidade, o perfil. Às vezes têm atletas tão técnicos quanto os que venceram, mas não tem o perfil, então precisaria de mais tempo para fazer o trabalho com ele.