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Levir usa exemplos de Adriano e Garrincha para mudar comportamento de jogadores do Galo

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Levir Culpi afirmou que a principal derrota dele no comando do Atlético-MG neste ano foram as dispensas de André, Jô e Emerson Conceição, ocorrida há duas semanas, por problemas disciplinares. Para o treinador, o pouco investimento em educação no Brasil reflete também no dia a dia dos profissionais de futebol. Para tentar mudar a postura e o comportamento dos seus jogadores, o técnico do Galo afirmou usar exemplos de grandes ídolos do futebol brasileiro que por falta de profissionalismo, acabaram fracassando. 

- Esses dias tivemos um problema disciplinar, foi a minha maior derrota desde que cheguei. Não sou um disciplinador, não gosto de ser chamado assim. Sou técnico de futebol, queria estar ali para discutir futebol com os jogadores e fazer jogar, só isso. Mas a gente tem um papel educacional. Estou procurando colocar (para os jogadores) todos os exemplos. Converso com eles sobre o que aconteceu (com jogadores que não se cuidaram), a história do Garrincha, do Adriano... A gente vai tomando umas decisões educacionais, como conselheiro, mas é muito difícil mexer na formação de uma pessoa. Quando não consigo este objetivo, isso me deixa magoado - afirmou Levir, em entrevista ao Estadão, publicada nesta segunda-feira.



Na opinião de Levir, não dá para mudar o futebol brasileiro sem que se mude as estruturas sociais. Para o treinador do Galo, que havia ficado seis anos consecutivos trabalhando no Japão, antes de retornar ao Brasil e assumir o Atlético-MG, em abril de 2014, as transformações esperadas por muitos no esporte, principalmente depois da derrota humilhante da Seleção Brasileira para a Alemanha, por 7 a 1, na Copa do Mundo deste ano, não serão tão fácies de serem realizadas.

- O engraçado é essa referência ( a mudança do futebol brasileiro após os 7 a 1). Vamos mudar o futebol brasileiro! Mas é uma coisa muito difícil. Porque não é só futebol. Falam que o futebol (no Brasil) tem de ser tratado igual na Alemanha, que lá os caras são organizados... Na Alemanha tudo é organizado. O transporte funciona, o povo é bem educado, os campos são limpos, os times pagam em dia... Ali o futebol funciona. Agora, a gente quer quer consertar o futebol como se o futebol fosse um problema nacional. É. Mas você tem de melhorar tudo - afirmou o treinador. 

Apesare de ter vencido o primeiro jogo da final da Copa do Brasil por 2 a 0, Levir mantém cautela ao falar da possibilidade da conquista do título inédito para o Galo. Segundo ele, mesmo com a boa vantagem conseguida na semana passada, a conquista ainda não está definida. Ainda na entrevista desta segunda, o treinador evita comparações entre seu trabalho realizado agora no Atlético e o feito nas temporadas anteriores por Cuca, que em 2013, conquistou a Copa Libertadores com os alvinegros.

Levir ainda afirmou que é complicado ser sincero no futebol, pois, segundo ele, isto gera muitos problemas. Mesmo assim, afirmou que prefere dizer o que pensa. E foi este estilo que colocou o treinador em atrito com jogadores como Diego Tardelli e Ronaldinho Gaúcho. Com o primeiro, as diferenças foram superadas. O segundo, porém, deixou o Galo, depois da chegada do técnico. No entanto, o comandante atleticano garantiu que não ficou mágoa na relação dos dois.