Após ficar durante 26 horas em cima de uma árvore localizada no terreno do antigo Museu do índio, que fica no entorno do Maracanã, o indígena José Urutau Guajajara foi retirado de lá pelo Corpo dos Bombeiros. Ele permanecia no local desde a manhã de segunda-feira. Guajajara protestava contra a desocupação da Aldeia Maracanã. No fim da manhã desta terça-feira ele foi forçado a encerrar o protesto. O indígena foi encaminhado para o Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro.
Guajajara foi levado em uma ambulância do Samu que estava de plantão no local. Manifestantes que apoiavam o indígena tentaram impedir a passagem do veículo porque não tinham informações do estado de saúde de Guajajara. Houve princípio de confusão e a PM acabou tendo de usar spray de pimenta para dispersar o grupo.
Após receber um rápido atendimento no Souza Aguiar Guajajara foi encaminhado à 18ª DP da Polícia Civil.
Na manhã de segunda-feira, o governo do Estado emitiu nota sobre a situação na Aldeia Maracanã, como foi rebatizado o local. Confira a íntegra:
O antigo Museu do Índio não será derrubado. Ele será transformado em um Centro de Referencia das Culturas Indígenas.
O prédio em que houve ontem , domingo, 15-12, uma invasão foi um dos 4 prédios que foram comprados do antigo Ministério da Agricultura pelo Governo do Estado RJ. Ali, é o local previsto para serem construídas as estruturas temporárias (overlay) do Estádio do Maracanã para a Copa do Mundo.
A demolição desta área, que era do Ministério da Agricultura, será realizada pela Concessionária do Maracanã, com autorização do Estado. Depois da Copa, esta área onde ficará a estrutura provisória para a Copa será utilizada para a construção do Museu do Futebol, previsto para ficar pronto para as Olimpíadas.