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Impasse entre Rússia e Ucrânia gera dúvidas na Paralimpíada de Inverno

Borderô Ferj (Foto: Reprodução)
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Assim como os Jogos Olímpicos de Sochi (RUS), os Jogos Paralímpicos de Inverno, que começam nesta sexta-feira, na mesma cidade, também dará a largada com um tom de mistério. Se no primeiro, que ocorreu em fevereiro, a preocupação estava focada nas leis contra os homossexuais na Rússia, no segundo a apreensão está ligada com a instabilidade política na região.

A Rússia está envolvida em um imbróglio político com a Ucrânia em função do domínio na região da Crimeia, que fica a pouca distância de Sochi (entenda abaixo). A instabilidade na região gerou preocupações adicionais de segurança para as Paralimpíadas.

A Ucrânia inclusive já admitiu a possibilidade de não competir nos Jogos em razão do entrevero com a Rússia. Porta-voz do Comitê Paralímpico da Ucrânia, Natalia Garatch defendeu que a delegação do país boicote os Jogos Paralímpicos caso a Rússia não retire suas tropas da região da Crimeia. Vale lembrar que a Ucrânia tem 31 paratletas classificados para os Jogos.

- Queremos uma solução pacífica e que o país anfitrião (Rússia) acabe com a agressão e retire suas tropas da Crimeia antes do início das provas - disse Natalia.

Mas não somente a Ucrânia está se precavendo quanto aos Jogos Paralímpicos. Estados Unidos e Grã-Bretanha já cancelaram a ida dos seus representantes oficiais para o evento. A medida, porém, não afetará a participação dos atletas destes países no evento em Sochi. Oitenta americanos e 15 britânicos competirão.

- Além de outras medidas que estamos a tomar em resposta à situação na Ucrânia, os Estados Unidos deixarão de enviar uma delegação presidencial para os próximos Jogos Paralímpicos de Inverno. O presidente (Barack) Obama mantém o forte apoio a todos os atletas que irão participar dos Jogos e deseja a todos muito sucesso - explicou Caitlin Hayden, porta-voz da Casa Branca.

Além destes, o Comitê Paralímpico da Austrália também anunciou que está acompanhando a situação de perto e um boicote aos Jogos não está descartado.

O Comitê Paralímpico Brasileiro não se manifestou em momento algum sobre o caso. Os dois representantes do país no evento, André Cintra e Fernando Aranha, já se encontram, acompanhados dos representantes do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em Sochi e foram recebidos na vila paralímpica nesta quinta-feira.

Andrew Parsons, presidente do CPB e vice-presidente do Comitê Paralímpico Internacional, participou inclusive do revezamento da tocha paralímpica, no centro de Sochi, nesta quinta.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia:

Protestos na Ucrânia e troca no poder:
Os opositores na Ucrânia contestaram por meses o governo e as decisões do presidente Viktor Yanukovich. Os manifestantes queriam que o país quebrasse o vínculo com a Rússia e passasse a integrar a União Europeia. A oposição quer ver a Ucrânia menos dependente do regime do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

O principal palco dos protestos, que foram reprimidos pelo Estado, foi a Praça da Independência, na capítal Kiev. A conseuqência foi a deposição do presidente Yanukovich, aprovada pelo Parlamento da Ucrânia, e o anúncio de eleições para 25 de maio. Até lá, Olexander Turchinov será o presidente interino do país.

A Crimeia:
Neste quadro, a Crimeia, uma república autônoma da Ucrânia, também virou alvo de polêmica. Com uma população de maioria russa, a Crimeira teve o parlamento local dominado por um comando a favor da Rússia.

A pedido do presidente Vladimir Putin, o parlamento russo, por sua vez, aprovou o envio de tropas à região, mesmo com o repúdio dos países ocidentais, que ameaçam sanções ao país.

Putin também já afirmou que se reserva do direito de atuar na Ucrânia, em último recurso, para defender cidadãos russos. O novo governo ucraniano entende o envio de tropas da Rússia como uma ameaça.

Nesta quinta, o Parlamento da Crimeira votou a favor de se tornar parte da Rússia, agendando um referendo para o dia 16 de março.

Conheça os brasileiros que vão competir

Fernando Aranha:
Idade: 35 anos
Altura/peso: 1,63,/76kg
Modalidade: esqui cross country
Datas em que compete: 15km (9/3), 1km (12/3) e 10km (16/3)
História: Por causa de uma poliomielite, teve o movimento das pernas prejudicado aos 4 anos. Aos 16, um amigo sugeriu que praticasse basquete em cadeira de rodas. Foi, então, que ele fugiu do orfanato em que vivia e foi ao Ibirapuera para conhecer um time. Começou a praticar o esporte e, a partir daí, passou a experimentar outras modalidades. Hoje, além do esqui cross-country, compete no ciclismo adaptado e no paratriatlo.

André Cintra
Idade: 34 anos
Altura/peso: 1,80m/77kg
Modalidade: Snowboard
Datas em que compete: 14/3
História: Aos 18 anos, teve um acidente de moto e precisou amputar a perna direita um pouco acima do joelho. Praticou surfe e skate antes do problema e há quatro anos se interessou pelo snowboard. Em uma viagem aos Estados Unidos, ficou sabendo que existia uma prótese apropriada para a prática do esporte. Com o equipamento certo e as técnicas melhoradas, começou a competir em 2009.