O fato de jogar, ora sem torcida, ora longe de São Januário, neste início de Série B do Brasileiro, foi um discurso repetidamente pronunciado por comissão técnica e jogadores durante o período de treinamento como justificativa da má fase pela qual o time passou antes da Copa do Mundo.
Fim da punição, torcida de volta à Colina. Mas o cenário que antes de a bola rolar era de festa, passou a ser de revolta após o empate em 1 a 1 com o América-RN, que fez com que a equipe cruz-maltina continuasse apenas no meio da tabela.
Adilson Batista acabou sendo o principal alvo dos vascaínos, que não se conformaram com o resultado. Apesar da revolta, perder pontos na Colina Histórica em momentos importantes tem se repetido com frequência nesta temporada.
Por outro lado, o treinador não demonstra mágoa e reafirma o quão positivo é jogar em São Januário com a arquibancada cheia, rechaçando que a pressão pela vitória possa ter atrapalhado o desempenho do time contra os potiguares.
– É sempre gostoso jogar aqui. Público fantástico, o torcedor está de parabéns pelo apoio. Fomos objetivos, no segundo tempo pressionamos, e vi o torcedor jogando junto. Não teve pressão. Errar faz parte do jogo, e o Fernando Henrique fez ótimas defesas, acabou nos atrapalhado – disse Adilson Batista.
Ao fim do jogo, os atletas pediram para que a torcida tenha paciência. Porém, se o torcedor pudesse conversar com os jogadores, talvez, o contexto da irritação fosse explicado.
Machucados com o segundo rebaixamento da equipe em cinco anos, o apoio já não parece ser o mesmo de 2009. Assim como aqueles que se esforçaram para ir ao jogo e torcer, eles pedem o mesmo do elenco para que o acesso seja sem sustos.
Em um ano que começa com uma contagem regressiva, qualquer resultado desfavorável pesa muito mais do que se imagina.