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Finalista da Série D, Tombense coloca Tombos no mapa do futebol

Cachoeira do Rio Carangola, em Tombos (Foto: Divulgação)
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É da cidade de Tombos, de apenas 9.174 habitantes, localizada na Zona da Mata Mineira, que vem o Tombense, finalista da Série D do Brasileirão com o Brasil de Pelotas (RS), com que disputará, domingo, o segundo jogo da decisão – a ida terminou em empate sem gols. Um clube centenário, mas que só deixou a condição de amador em 2000 e, até obter sucesso, era nacionalmente conhecido apenas pela ligação com o empresário Eduardo Uram.

A união de Lane Wilisses Mendonça Gaviolle, ex-atleta do clube, então diretor de futebol e hoje presidente do Tombense, com Uram profissionalizou o Alvirrubro. O foco era revelar atletas, algo incrustado no DNA do clube. Mas o Tombense foi transpondo etapas.

O clube alcançou a elite do Mineiro no ano passado, após o vice no Módulo II (Segundona) do Estadual. Foi semifinalista, garantiu vaga na Série D-2013 e na Copa do Brasil deste ano. Não participou da primeira competição por acreditar não estar pronto para tal passo. A inédita presença na Quarta Divisão veio este ano. E com sucesso. Após alcançar o acesso à Série C, a meta é a busca do primeiro título nacional da história do Gavião Carcará.

– O Tombense é um clube centenário, de história. Ao deixar o amadorismo, priorizamos a base, estruturamos o clube e ampliamos o estádio (Antônio de Almeida, com capacidade para 3.050 torcedores ou 1/3 da cidade). Deixamos de disputar a Série D (em 2013) por não estarmos prontos. Agora, estamos construindo o CT. O trabalho é correto, sem atropelar ninguém. Os jogadores acreditaram no projeto e colocamos Tombos em evidência – disse Lane ao LANCE!Net.

Um dos pilares do time em campo é o experiente meia Joílson, ex-Botafogo e São Paulo, de 35 anos. O time ainda conta com outras "figurinhas" conhecidas: o volante Coutinho, ex-Vasco e Botafogo, e o meia Franscismar, ex-América-MG, Cruzeiro e Vasco. Joílson voltará de suspensão, enquanto o último terá de cumprir suspensão no domingo.

– Quando cheguei à cidade pela primeira vez (em 2013) me assustei. Tombos é uma cidade pacata, bem de interior. Mas o projeto é sério, se paga em dia, e os resultados vieram. Entramos para a história do clube – destacou Joílson, ao L!Net.

Esse é o Tombense. Colocando uma cidade no mapa do futebol.

BATE-BOLA
Joílson, meia do Tombense, ao L!Net.
'A cidade vai crescer ainda mais'

Cidade pequena, feito histórico... Como foi a recepção após a classificação à Série C?
Teve até carreata. A cidade parou!. Agora, na Série C, vai ter jogo praticamente o ano inteiro. Vai ser muito bom para a cidade, para o comércio. A cidade vai crescer ainda mais. É bacana, pois podemos dar um verdadeiro presente para a população. 

E como é entrar para a história do Tombense? Você chegou em 2013, passou pelo Fortaleza e voltou para esta temporada...
Não conhecia a cidade, o clube. Só ouvia falar por causa do Uram. Fico feliz que as coisas tenham acontecido. Fizemos um ótimo Mineiro no ano passado e, agora, estamos lutando por um título nacional. É fruto de trabalho.

O segundo jogo é de mando do Tombense, mas será em Muriaé. Terá diferença para vocês?
Com certeza teremos o apoio das cidades vizinhas. E o elenco quer muito esse título. Sabemos da importância para o clube e nossas carreiras. Estamos muito focados.

EMPRESÁRIO CELEBRA CRESCIMENTO

"Clube do Eduardo Uram". Tal alcunha ainda é muito utilizada quando se fala do Tombense, clube com o qual o empresário tem parceria desde 1999. Muitos dos jogadores agenciados por ele já foram registrados no Gavião Carcará, como Léo Moura (Flamengo) e Cícero (Fluminense), que chegaram até a atuar na base do Tombense.

– Falam mal e falam bem, mas o importante é que o trabalho vem sendo bem feito – destacou Uram, ao L!Net, antes de valorizar o crescimento do Tombense:

– O clube vem galgando passo a passo seu espaço, conquistando seus objetivos. Começamos lá atrás. É um projeto sério, que tinha como primeiro objetivo revelar jogadores. Estruturamos o clube e, agora, estamos construindo um CT com quatro campos e hotel. CT é o escritório do jogador, é algo de suma importância para o clube. Passo a passo vamos crescendo.

COM A PALAVRA
Jorjão
Vice-prefeito de Tombos (PTB-MG), ao L!Net

O sucesso do Tombense nos enche de orgulho. O Lane (presidente do clube) foi jogador profissional, começou no clube, sabe das dificuldades. Ele sofreu muito. Temos uma parceria muito boa com o clube. Ele tem total apoio da Prefeitura e da cidade. Temos muito orgulho do Tombense. Tombos é uma cidade com um carnaval muito animado, uma cidade de agropecuária, com um povo muito pacífico. Adotamos os jogadores com muito carinho.

O MUNICÍPIO DE TOMBOS

Região pertencia ao Coronel Maximiniano José Pereira de Souza e recebeu o nome Tombos por conta das três quedas (tombos) d'água da cachoeira do rio Carangola. O mesmo fez, em 1849, uma doação de gleba (terreno próprio para o cultivo) para o patrimônio de Nossa Senhora da Conceição. O local, então, já com uma capela em honra à santa, passou a ser chamado de Nossa Senhora da Conceição de Tombos. Três anos mais tarde, passou a ser um distrito e, em 1878, foi incorporado ao município de Carangola com o nome de Tombos de Carangola.

A emancipação política veio em 7 de setembro de 1923. O município passaria a se chamar apenas Tombos. Além das cachoeiras do rio Carangola, o carnaval de Tombos é bastante conhecido, sendo a outra grande atração da cidade, que fica próxima muito do estado do Rio de Janeiro (apenas 5 Km).

O TOMBENSE FUTEBOL CLUBE

Garotos de 13 e 14 anos fundaram o clube em 7 de setembro de 1914. Faturou o Campeonato da "Zona da Mata" de 1935 diante do Tupi. Já profissional, conquistou a Segunda Divisão (Terceirona) do Campeonato Mineiro nos anos de 2002 e 2006. Foi vice da mesma competição em 2009 e, em 2012, alcançou o segundo lugar no Módulo II (Segunda Divisão), chegando à Primeira Divisão estadual. Foi semifinalista do Mineiro-2013 logo em sua estreia na elite.