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Atlético-MG x Cruzeiro: Quinto capítulo da série sobre a rivalidade mineira

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A Segunda Guerra Mundial, que começou em setembro de 1939, passou os principais espaços do noticiário. Alemanha, Itália e Japão, que formavam o Eixo, eram as três nações vilãs do conflito. E mesmo por aqui, todos os segmentos da sociedade que mantinham alguma relação com os três passaram a ter problemas, incluindo saques e apedrejamentos a estabelecimentos comerciais.

Em 21 de setembro de 1942, o Brasil declarou guerra ao trio. E o governo do ditador Getúlio Vargas determinou a nacionalização de todos os nomes que tivessem ligação com aqueles países. Assim, os dois clubes brasileiros que se chamavam Palestra Itália foram obrigados a fazer a troca. O de São Paulo se transformou em Sociedade Esportiva Palmeiras e o de Minas Gerais adotou o azul e branco e o nome de Cruzeiro Esporte Clube, por sugestão de Oswaldo Pinto Coelho, presidente do Conselho Deliberativo.

Mas quem ganhou os campeonatos regionais de 1941 e 1942 foi o Atlético. Foi nessa época que o chargista Mangabeira, do jornal "Folha de Minas", criou os mascotes Galo e Raposa, que passaram a emprestar um charme especial aos dois clubes e ao próprio confronto entre ambos. Em 1943, 1944 e 1945, o Cruzeiro ganhou o título sem decisões com o rival. Em 1946 e 1947, deu Atlético. Em 1948, o campeão, após longo jejum, foi o América. Em 1949 e 1950, o Galo recuperou a hegemonia. E passou a esnobar os demais adversários, após realizar uma excursão vitoriosa à Europa, com seis vitórias, dois empates e apenas duas derrotas, recebendo o epíteto de "Campeão do Gelo".

No dia 25 de junho de 1950, Belo Horizonte ganhou um novo palco, o Estádio Independência, construído para a Copa do Mundo. Os rivais, no entanto, continuaram jogando na Alameda, em Lourdes e no Barro Preto. O Vila Nova foi campeão em 1951. E o Atlético em 1952 e 1953. Mas desde 1940 não havia uma decisão entre os gigantes. O ano de 1954, no entanto, corrigiria tal situação.