Há exatos 107 dias, Alecsandro vivia um grande dilema em sua carreira. Com um afundamento craniano, no dia 15 de outubro de 2014, na partida diante do América-RN, pela Copa do Brasil, o atacante chegou a se questionar se voltaria a jogar futebol após a grave lesão no rosto e o implante de quatro placas de titânio, uma tela, 22 parafusos. E na primeira partida oficial de 2015, a de número 50 da carreira de Alecgol no Rubro-Negro, ele provou para si próprio, para a torcida e para o técnico Vanderlei Luxemburgo que conseguiu superar o trauma, e está pronto para voltar a ser titular no Fla.
E como atacante vive de gols, o jogador sai na frente na briga com Marcelo Cirino, que chegou ao Flamengo no início do ano, e ainda não conseguiu balançar as redes. Em Macaé, no sábado, Alecsandro voltou a ser ovacionado, colocando uma pulga a mais atrás da orelha de Luxemburgo. A tendência, portanto, é de que o atacante seja o titular nesta quarta-feira, diante do Barra Mansa. Isso porque o técnico rubro-negro pretende poupar algumas peças nas primeiras rodadas do Estadual.
No ínício da temporada, Alecsandro perdeu a vaga no time titular com a contratação de Cirino, além da opção do treinador por um esquema com três atacantes, porém, sem um homem de referência na frente. Entretanto, o atacante não se abateu nos treinamentos e sempre deixou claro que pode atuar não como centroavante. Nas partidas de pré-temporada, o camisa 9 teve boa participação, mas poucas oportunidades.
Com 21 gols, o atacante foi o maior goleador do Flamengo, em 2014, mesmo tendo ficado fora das últimas 11 rodadas temporada, sendo um desfalque importante de Luxemburgo na semifinal da Copa do Brasil e na luta pela fuga da "confusão", no Campeonato Brasileiro.