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Advogado de Jobson: ‘Ele estava comigo e sem bateria no celular’

Rodrigo Pimpão - América-RN (Foto: Carlos Costa/LANCE!Press))
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O Botafogo já encontrou, pelo menos, uma explicação para a ausência de Jobson no treinamento desta quarta-feira, no Engenhão. De acordo com Rodolpho Cézar, advogado do jogador, ele estava numa reunião e sem bateria no celular.

- Jobson estava comigo no escritório e por isso não foi ao treino. Ele estava sem bateria no celular e por isso não conseguiu contato com a diretoria. Estávamos acertando alguns detalhes importantes para o julgamento de amanhã (quinta-feira) - disse Rodolpho ao LANCE!Net.

O julgamento em questão será realizado pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que analisará a situação do camisa 10 em relação a uma suposta recusa em realizar um exame antidoping enquanto jogava pelo Al Ittihad, da Arábia Saudita.

O atleta foi punido pela Federação Saudita com oito anos de suspensão desde o dia 1º de abril de 2014. Jobson foi reintegrado ao elenco alvinegro em setembro, mas o clube só escalou o jogador após ganhar um parecer do STJD sobre a situação. O tribunal liberou a participação do jogador por entender que a Fifa não reconhecia a punição do Al Ittihad fora da Arábia Saudita. Além disso, a Federação Saudita não julgou o caso.

Inicialmente, o caso seria julgado no dia 13, mas foi adiado por causa da intervenção do governo federal que, através do Ministério do Esporte, pediu para juntar um parecer da Advocacia-Geral da União e solicitou a remarcação do julgamento. O motivo? O caso é complexo e até inédito, pois existem duas legislações conflitantes: a da Fifa e um acordo da Unesco assinado pelo Brasil.

- É uma matéria única, nunca apreciamos uma questão como essa. Existe uma preocupação muito grande do Ministério do Esporte e da Agência Brasileira Antidopagem com um precedente. Acontece que há um conflito entre o sistema da Fifa, que determina que quando o atleta é julgado por doping por uma entidade a ela associada, a decisão só tem efeito em outro país se passar por uma homologação da Comissão Disciplinar da Fifa, que vai analisarse os requisitos do processo foram observados. E isso ainda não aconteceu.

Então, pelo sistema da Fifa, o Jobson teria condições de jogo, tendo em vista que a decisão da Árábia não passou pela Fifa. Por outro lado, há uma convenção da Unesco, da qual Brasil e Arábia Saudita são signatários, estabelecendo que qualquer condenação de doping em qualquer esporte, se for proferida em qualquer desses países, terá aplicação imediata. Então, existe um conflito de normas entre o sistema da Fifa e o da Unesco – explicou Caio Rocha, presidente do STJD, no último dia 13.