Palmeiras, 2019. Ônibus apedrejado após eliminação no Campeonato Paulista, jogadores cercados em aeroporto, Felipão ameaçado de morte na porta do CT quando o time deixou a liderança do Brasileiro. Protesto na porta da residência de Alexandre Mattos, acusado de corrupção por integrantes da torcida organizada. Agressão à mulher do volante Bruno Henrique, depois do empate com o Athletico na Arena da Baixada. A tragédia só espera uma oportunidade para finalmente se materializar. Uma fraca nota de repúdio do Palmeiras não é suficiente para resolver o caso. O presidente Maurício Galiotte é mais enérgico ao reclamar de arbitragem do que para garantir a segurança do grupo pelo qual deveria zelar. O mesmo time que dez meses atrás levantava mais uma taça do Brasileiro é encurralado agora por sua própria torcida, que vai muito além de críticas naturais. O Palmeiras é hoje vítima de sua própria riqueza, o que só fez aumentar a intolerância vinda da arquibancada. Qualquer coisa que não seja título não serve e passou a ser combatida, com uma escalada cada vez mais intimidadora. Ou a direção do clube dá um basta, ou o próximo capítulo pode ser mais traumático. E trágico.
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