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CBVela renova patrocínio para Tóquio-2020 e inaugura sede

Entidade assina novo vínculo com o Bradesco para o próximo ciclo olímpico e homenageia medalhões Torben Grael e Marcelo Ferreira no primeiro Hall da Fama do esporte no Brasil

Marlon Falcão/Inovafoto
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A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) assinou nesta quarta-feira, durante a inauguração de sua nova sede, no Rio de Janeiro, a renovação do contrato com o Bradesco para o ciclo olímpico de Tóquio-2020. As partes chegaram a um acordo após nove meses de negociações. Embora nenhuma divulgue os valores do aporte, o investimento é um pouco menor do que nos últimos quatro anos.

– Investimos mais do que deveríamos e menos do que gostaríamos. É um patrocínio para o ciclo olímpico, então é um projeto similar ao anterior. Vínhamos em conversas desde que acabaram os Jogos, mas acertamos e sem dúvidas será mais um ciclo vitorioso – disse Fábio Dragone, superintendente de Marketing do Bradesco, que admitiu uma queda nos valores após a Rio-2016.

– Não tinha razão para sairmos após os Jogos Olímpicos do Rio, afinal, sempre investimos nos esportes, desde a década de 80. Reduziu um pouco o aporte por não termos o evento em casa, é claro, mas não é por isso que temos de deixar de investir – afirmou o executivo.

A empresa, que também patrocina a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e a Confederação Brasileira de Rúgbi (CBRu), levou em conta a qualidade da gestão para selar o novo acordo. Neste ano, a CBVela se tornou a primeira confederação a conceder amplo poder aos atletas nas eleições presidenciais.

A partir do próximo pleito, em 2020, velejadores, técnicos, oficiais de regata e medalhistas olímpicos passam a ter direito a voto, dentro de critérios ainda não definidos. A decisão foi tomada pela Assembleia Geral da CBVela, em abril deste ano. Até a última eleição, uma comissão de velejadores elegia um representante para decidir pela classe. As federações estaduais completavam o universo de votantes.

– O que importa para nós é que a entidade tenha uma governança clara, estabelecida e um planejamento, com transparência. O método da eleição não tem muito peso – disse Fábio.

O evento também teve a inauguração do Hall da Fama da vela. Os bicampeões olímpicos Torben Grael e Marcelo Ferreira, ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004 e bronze em Sydney-2000 na classe Star, gravaram suas mãos em uma placa de cimento.

Os medalhões também entregaram novos coletes a Nicolas Bernal, Marina da Fonte, Bernardo Pereira, Leonardo Crespo e Luiz Otávio Correi, que defenderão o país no Mundial de Optimist, classe de formação para crianças e adolescentes, em julho.

Sede para o mar era desejo antigo

A utilização da Marina como casa da CBVela foi vista pelos medalhistas olímpicos como uma concretização do legado olímpico. O local serviu de base para as competições na Rio-2016. É a primeira vez que a entidade tem uma sede com saída para o mar.

– A inauguração da sede aqui na Marina da Glória é a concretização de um sonho pra gente, que é ter uma sede com saída para o mar. Sem dúvida, é um acontecimento importantíssimo para a vela brasileira. Fiquei muito feliz com a homenagem, e ter aqui a presença da equipe jovem nos deixa ainda mais felizes e confiantes no futuro do esporte – afirmou Torben.

O local será a principal base de infraestrutura técnica e de treinamento para os velejadores no país. 

- Estou na vela desde 1989. Desde que me entendo por gente a sede era na Barra da Tijuca ou no Centro. É um marco para a vela brasileira ter uma sede com saída para o mar, perto do aeroporto – disse Ferreira.

BATE-BOLA
Fábio Dragone, superintendente de Marketing do Bradesco, ao L!.

O que pesou para a renovação do patrocínio?
Patrocinamos o esporte para trazer seus valores à sociedade e para a nossa marca. A vela tem valores muito fortes. Mas também é muito importante que que a entidade tenha projetos de longo prazo. É uma parceria, em que os dois lados saem ganhando. A CBVela mostrou isso na questão da governança, com eleição direta para presidente, assim como as de judô e rúgbi.

Qual a avaliação sobre os outros esportes que o Bradesco patrocina?
O judô nós renovamos em 2015. É um esporte vencedor, que tem se renovado. O rúgbi, quando assinamos em 2010, apresentou um projeto para levar a Seleção à Copa do Mundo de 2023, algo que levaria 13 anos, que tinha o objetivo de criar ídolos, fazer uma base. O Brasil não é um destaque mundial, mas temos resultados consistente. Hoje, ganhamos de Portugal. Temos levado 10 mil pessoas para ver rúgbi no Pacaembu.  

Qual a perspectiva de retorno em um momento de crise na economia?
De 2010 para 2016, foi desenhada uma plataforma para o ciclo olímpico. E todos os objetivos que traçamos foram atingidos: atratividade de marca, recall de patrocinador e trazer atributos dos esportes para a marca. Tudo isso medimos por meio de pesquisas. Não teria por que não mantermos.