O Brasil está de volta à rota dos eventos internacionais de Judô. Três anos após disputarem os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, os judocas brasileiros poderão sentir novamente o gostinho de competir em casa graças ao acordo firmado entre a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e a Federação Internacional de Judô (IJF) para a realização, em Brasília - capita do país -, de uma das etapas de Grand Slam do Circuito Mundial da IJF.
O acordo, fechado após quase oito meses de negociações prevê a realização de duas edições: 2019 e 2020. A primeira está marcada entre 6 e 8 de outubro. Ano em que a CBJ completa 50 anos de fundação, e a etapa valerá mil pontos na corrida para Tóquio 2020.
- Acredito que este era um grande anseio dos nossos atletas e da comunidade do Judô brasileiro como um todo. Estamos muito felizes e motivados com o desafio de realizar o Grand Slam de Brasília em 2019, que será de suma importância para os nossos atletas na corrida por uma vaga em Tóquio. É uma grande oportunidade de mostrarmos que o Judô brasileiro está preparado para vencer dentro e fora dos tatames. Agradeço à Federação Internacional de Judô por confiar na capacidade da CBJ e aos nossos parceiros Bradesco, Cielo, Mizuno, ao Governo do Distrito Federal e ao Governo Federal, fundamentais na concretização deste Grand Slam aqui - afirmou Silvio Acácio, presidente da CBJ.
Esta será a quinta vez que o Brasil sediará uma etapa de Grand Slam de Jjudô. As quatro primeiras edições foram em 2009, 2010, 2011 e 2012, todas no Rio de Janeiro, cidade que também sediou três Campeonatos Mundiais Individuais (1965, 2007 e 2013). Além desses, Salvador recebeu em 2012 uma edição do Campeonato Mundial por Equipes. Brasília, portanto, fará a sua estreia na rota dos grandes eventos internacionais de Judô.
- A realização do Grand Slam de Judô em Brasília é uma grande conquista para a capital do Brasil. Foi fruto de um trabalho conjunto da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal, da CBJ e da FIJ. Brasília vai voltar a sediar grandes eventos internacionais - pontua Leandro Cruz, atual secretário de Esporte e Lazer do Governo do Distrito Federal.
Na hierarquia das etapas do Circuito Mundial, os Grand Slam só ficam atrás do Mundial, que dá até 2000 pontos no ranking internacional, e do World Masters, que dá até 1800. Como país sede, o Brasil poderá inscrever até quatro atletas por categoria, aumentando as oportunidades para os brasileiros somarem pontos na busca pela classificação olímpica.
- É uma grande oportunidade lutar um Grand Slam em casa. Minha experiência lutando no Brasil tem sido muito boa, tanto que alguns atletas brincam que eu só quero ganhar quando é dentro de casa. Nunca fui campeã de um Grand Slam. Quem sabe agora, em casa novamente, consiga trazer esse título para o Brasil - projetou a campeã olímpica e mundial, Rafaela Silva (57kg), na esperança de conquistar um dos títulos que lhe faltam.
Atualmente, o Circuito Mundial conta com etapas de Grand Slam em Paris (França), Dusseldorf (Alemanha), Ecaterimburgo (Rússia), Baku (Azerbaijão), Abu Dhabi (Emirados Árabes), Osaka (Japão) e, agora, Brasília (Brasil), o único Grand Slam das Américas.
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