Dívidas, críticas e nenhum título: “Era Leco” termina no São Paulo – LANCE!

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O ano começa diferente no São Paulo pelo menos fora das quatro linhas. A 'Era Leco' teve seu término nesta sexta-feira, com a posse do presidente Julio Casares, eleito em votação realizada no começo de dezembro. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, teve uma gestão marcada por muitas críticas, crescimento de dívidas e nenhum troféu conquistado. O LANCE! faz um balanço da gestão do agora ex-presidente do São Paulo.

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COMEÇO - Leco começou sua trajetória como presidente no dia 13 de outubro de 2015, ainda de forma interina, pela renúncia de Carlos Miguel Aidar (foto), já que Leco era o Presidente do Conselho Deliberativo. Um pouco depois, no dia 27 do mesmo mês, ele assumiu a presidência de forma definitiva, tendo como uma de suas principais promessas a redução da dívida do clube.

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DÍVIDAS - Porém, as dívidas só aumentaram desde a sua chegada. Se antes as cifras giravam em torno de R$ 284 milhões em 2015, um estudo do Itaú BBA revelou que a dívida agora ultrapassa a casa dos R$ 520 milhões.

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VÁRIAS ELIMINAÇÕES - Em campo, o que se viu nos anos de Leco foram muitas derrotas e poucas vitórias. Entre os vexames, dá para destacar as sucessivas eliminações na Copa do Brasil, ainda em fases iniciais, e as derrotas para Mirassol, Talleres e Defensa y Justicia.

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DESEMPENHO PÍFIO EM CLÁSSICOS - Se não bastassem as consequentes eliminações, ganhar dos rivais não foi fácil pro São Paulo na 'Era Leco'. De outubro de 2015 para cá, o São Paulo disputou 53 clássicos: venceu 13, perdeu 26 e empatou 16, um aproveitamento de 32%.

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CONTRATAÇÕES - Leco acertou com mais de 60 jogadores para vestirem a camisa do Sâo Paulo ao longo dos cinco anos do seu mandato. Algumas não dera certo como os atacantes Biro Biro, Neílton, Kieza, Robson e Morato. Outras, como a de Pablo (foto), chegaram com expectativas, mas não renderam o esperado até o momento.

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ATRITO COM ROGÉRIO CENI - Uma das polêmicas mais fortes da 'Era Leco' foi a rusga entre ele e o ídolo do São Paulo, Rogério Ceni. Em 2017, Ceni foi contratado para ser o treinador da equipe, mas não alcançou os resultados esperados e foi demitido. A decisão fez o Mito ficar chateado e atacar Leco, dizendo que 'os canalhas também envelhecem'.

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TROCA DE TREINADORES - Ao longo de seu mandato, o São Paulo teve 12 treinadores: Doriva, Milton Cruz, Edgardo Bauza, Jardine, Ricardo Gomes, Pintado, Rogério Ceni Dorival Júnior, Diego Aguirre, Vagner Mancini, Cuca e Fernando Diniz. Isso atrapalhava o andamento da equipe, que não conseguia completar um ano com o mesmo técnico.

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FILA CONTINUA - Leco não conseguiu tirar o São Paulo da fila que dura oito anos, desde 2012, com o título da Sul-Americana. Desde que ele assumiu o cargo, foram 16 eliminações em mata-mata e campanhas abaixo do esperado no Brasileirão.

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REFORÇOS QUE DERAM O ESPERADO - No entanto, nem tudo são só tragédias na 'Era Leco'. Calleri, Maicon, em 2016, o retorno de Hernanes, em 2017, e as chegadas de Volpi, em 2019 e Luciano, em 2020, tiveram papel importante em algumas boas fases do São Paulo.

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DANIEL ALVES - Sem dúvidas, um dos momentos mais marcantes na gestão Leco foi a chegada de Daniel Alves. O ex-Barcelona, PSG e Juventus, teve um público de 40 mil pessoas em sua apresentação e ajudou o São Paulo tanto dentro, quanto fora de campo.

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JUANFRAN - O São Paulo também contratou o lateral-direito Juanfran, ex-Atlético de Madrid e então titular da seleção espanhola. Esse reforço pode-se dizer como mais um acerto de Leco, que enxergou potencial de visibilidade e ganho dentro de campo.

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BOAS VENDAS - A gestão de Leco ficou marcada também pelas boas vendas de jogadores no quesito financeiro. Éder Militão, Antony (foto) e David Neres, todos crias de Cotia, renderam uma bolada ao São Paulo.

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COVID-19 - Pouco antes do fim de sua gestão, Leco foi um dos milhares de infectados pela Covid-19. Ele ficou 20 dias internado na UTI devido a sua idade, 82 anos, sendo considerado grupo de risco da doença.

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BALANÇO FINAL - Podemos dizer que a 'Era Leco' teve muito mais baixos do que altos, especialmente por conta do fraco desempenho da equipe dentro de campo e as dívidas. No entanto, alguns reforços de peso e a a manutenção de Fernando Diniz são pontos altos de sua gestão, que deixam a equipe na liderança do Brasileirão.

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Publicado por Gabriel Sá • Publicada em 07:00:34 - 01/01/2021

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