Futebol Internacional

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

‘A sensação é que a impunidade dos barra-bravas está acabando’

'Borrachos Del Tablón' é a barra-brava do River Plate (Foto: Reuters)
Escrito por

No mundo dos barra-bravas, a palavra impunidade é moeda corrente. No episódio envolvendo os "Borrachos del Tablón" durante a era de Martín de Ramos Araujo, Guillermo Caverna Godoy e Matías Goñi, tiveram várias causas judiciais que saíram incólumes. Pelos contatos com poder político (trabalharam para o kirchnerismo) e pela imprecisão de juízes que preferiram absolvê-los diante de causas abertas.

No entanto, quem os investiga desde 2007 não se dá por vencido. O fiscal José María Campagnoli pediu as detenções de Araujo, Goñi e um policial chamado Alejandro Rivaud, em novo caso, desta vez, por coação agravada, nascida de escutas telefônicas na revenda de entradas para as partidas do River Plate. A pena pode chegar a dez anos.

Este último processo data de 2011. O juiz Fernando Caunedo o deixou de stand by e voltou a reativá-lo depois da ascensão de Maurício Macri à presidência da Argentina. Ali, voltaram a ouvir as escutas telefônicas até encontrar a ligação dos barras com o homem que a Polícia Federal havia colocado para investigá-los.

Neste caso, a conclusão é a de que a facção dominante utilizava a polícia para amedrontar o grupo rival. Araujo e Goñi mandaram o policial ameaçar o chefe do bando adversário. Tudo no ginásio do River Plate. O plano era incriminá-lo com drogas e porte de armas.

Na primeira escuta, o policial avisa a Araujo que "o trabalhinho estava feito". E Araujo lhe agradece os serviços prestados.

O jornal "Olé" denunciou incontáveis ocasiões nas quais o chefe de uma barra utilizava essa mesma prática para se livrar daqueles que o perturbava.

O caso ficou, agora, nas mãos da juíza Palmaghini, que agiu rápido para prender os dissidentes após um ataque à confeitaria do Monumental de Núñez, em novembro de 2014. Ela tem um pedido concreto de prisão. E como em outros âmbitos da Justiça, a sensação é a de que a impunidade está se acabando.

*Gustavo Grabia é repórter do diário "Olé"