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Lucas Bayer
Rio de Janeiro (RJ)
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Fernanda Gondim
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 21/08/2025
13:30
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Em entrevista exclusiva ao Lance!, um torcedor da Universidad de Chile que esteve no estádio Libertadores de América, em Avellaneda (ARG), na noite da última quarta-feira (20), relatou detalhes da tragédia aos olhos de quem viveu de perto. A reportagem teve acesso a imagens inéditas que mostram as primeiras movimentações da confusão nas arquibancadas. A identidade do entrevistado será preservada.

Eu estava posicionado na torcida visitante, no alto, perto da bateria. Bem no momento que a confusão começou entre os torcedores do Independiente e Universidad de Chile, pedras começaram a ser atiradas de um lado para o outro — iniciou.

Torcedor do Independiente segura pedra (Foto: Alejandro Pagni/AFP)

O duelo entre Independiente e Universidad de Chile, válido pela volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana, foi cancelado devido briga entre torcedores de ambas as torcidas, que tomou proporções escandalosas. Até a última taualização desta matéria, ainda não houve confirmação oficial de vítimas fatais. A Conmebol ainda não aplicou punição aos clubes.

— Depois de atirar vários objetos, eles começaram invadiram e começaram a expulsar todos que estavam no setor visitante. Enquanto a torcida da 'La U' tentava sair de onde estava, houve o encontro com a torcida do Independiente que invadia a visitante — detalhou sobre o início da confusão.

— Grande parte da torcida da La U conseguiu sair, mas algumas famílias, incluindo pais com crianças e idosos, não conseguiram fugir. Essas foram as pessoas que a torcida do Independiente espancou. Foi assim que aconteceu — lamentou.

"Teria sido um massacre muito maior"

— Se não fosse a torcida do Universidad teria sido um massacre maior. Porque eles seguraram a torcida (do Independiente) e ficaram lá impedindo a torcida do Independiente de entrar no setor visitante. Então, os torcedores resistiram lá no túnel para que a torcida do Independiente não pudesse entrar no setor visitante — disse.

"A polícia nunca esteve presente"

— Na área visitante, a polícia nunca esteve presente. Não havia seguranças ou policiais argentinos. O único lugar onde a polícia argentina se fez presente foi do lado de fora do estádio, espancando torcedores. Do lado de fora do estádio, vi a polícia espancando bastante gente. Eles jogavam spray de pimenta, gás lacrimogêneo e prendiam qualquer um que cruzasse o caminho — concluiu, abalado.

Para ler desdobramento da briga entre torcedores de Independiente e Universidad:

➡️ CBF repudia violência em Avellaneda e pede rigor à Conmebol

➡️ Conmebol detona violência na Argentina e manda recado: ‘Agiremos com firmeza’

➡️ Presidente da Fifa condena violência em Independiente x Universidad de Chile

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