O São Paulo atravessa um momento conturbado no futebol feminino. Apesar da classificação para o mata-mata do Brasileirão e da boa campanha no Paulistão, o time enfrenta problemas internos, incluindo um caso de agressão nas dependências do clube.
A situação, que ocorreu em junho deste ano, resultou na demissão da zagueira Day Silva, que tinha vínculo com o clube até dezembro. Segundo fontes ouvidas pelo Lance!, a jogadora e a atacante Aline Milene, companheira de equipe, brigaram na academia do time. O compliance do São Paulo investigou a situação e optou pelo desligamento da defensora.
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Procuradas pela reportagem, Day Silva e Aline Milene não quiseram se pronunciar oficialmente sobre o assunto. O São Paulo também tratou o caso como encerrado, sem entrar em detalhes. O motivo do silêncio, segundo apuração do Lance!, pode ter sido um acordo de confidencialidade entre clube e atletas.
A zagueira Kaká, que está junto à Seleção Brasileira feminina para a disputa da Copa América, falou sobre o assunto, afirmando que "o que aconteceu internamente o clube cuidou muito bem", além de afirmar que a briga entre Day e Aline não afetou o grupo diretamente, que mantém o foco para a sequência da temporada.
Sobre a agressão no São Paulo
Embora o caso não tenha sido publicamente divulgado, o Lance! entrou em contato com pessoas, que relataram o que aconteceu internamente no São Paulo. A briga começou durante um treino na academia, em um momento descontraído. No entanto, saiu do controle. Uma atleta, sentada no colchonete, fez uma brincadeira com outra sobre o resultado de um jogo entre Corinthians e Internacional.
Neste momento, a atacante Aline teria se levantado e pedido respeito à zagueira Day Silva, que fez a brincadeira. A situação rapidamente ficou mais tensa, e a defensora pediu para que o tom da cobrança fosse outro, afirmando ser inaceitável. Ao insistir, Aline manteve o gesto, o que resultou em um empurrão por parte da zagueira. A atacante, então, caiu no chão.
Nos bastidores, o incidente teve consequências graves. As atletas foram ouvidas e, segundo relatos, no dia seguinte, a jogadora Day Silva foi chamada ao departamento jurídico. Mais tarde, foi encaminhada ao RH e comunicada da demissão por justa causa. A fonte ouvida pelo Lance! afirma que não houve diálogo ou assistência psicológica por parte da diretoria do Tricolor.
— Aqui no Brasil, as pessoas matam atletas, matam sonhos. Essa é a realidade — disse a fonte ouvida pela reportagem, que preferiu não se identificar.
Mercado atento ao plantel são-paulino
Desde o fim da primeira fase do Brasileirão — encerrada com as Soberanas na terceira colocação — diversas atletas vêm sendo sondadas. Pelo menos cinco jogadoras mantêm conversas com clubes da primeira divisão norte-americana, a NWSL.
A atacante da Seleção Brasileira Dudinha e as defensoras Bia Menezes e Kaká, também com passagens pela Seleção, estão entre as que receberam propostas do exterior. Ainda de acordo com fontes do Lance!, o diálogo entre os representantes das atletas e a diretoria são-paulina tem sido difícil nos últimos meses, o que complica as tratativas para renovações.
No caso de Dudinha, a tendência é de saída, possivelmente antes mesmo da retomada do Brasileirão Feminino, em agosto. O São Paulo busca manter o grupo, mas enfrenta obstáculos para segurar suas principais jogadoras. Por outro lado, tem concorrência de rivais paulistas, como Santos e Palmeiras atentos ao mercado local.
Outro nome visado no mercado é o do técnico Thiago Viana. Conforme publicado pelo Lance! nesta terça-feira (8), ele é cotado para assumir o comando do Palmeiras para substituir Camilla Orlando, que se dedicará exclusivamente à Seleção em 2026.