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E o VAR? Ex-árbitros analisam uso da tecnologia na final da Copa do Brasil

Tecnologia foi utilizada duas vezes na final da Copa do Brasil. Wagner do Nascimento Magalhães verificou o VAR para conferir se houve pênalti em Ralf e se Jadson fez falta

EDUARDO CARMIM / PHOTO PREMIUM
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A final da Copa do Brasil entre Corinthians e Cruzeiro, nesta quarta-feira, foi marcada por dois lances definidos pelo VAR (sigla para árbitro de vídeo em inglês). Wagner do Nascimento Magalhães paralisou o jogo por duas vezes para consultar a tecnologia. Nos duas jogadas, o árbitro concordou com o restante dos assistentes e mudou sua opinião. Ele havia deixado o jogo seguir nos dois momentos.

Primeiro, o árbitro marcou pênalti de Thiago Neves em Ralf, uma decisão que gerou bastante discussão. Em seguida, 17 minutos depois, Pedrinho teve um gol anulado por conta do que o árbitro julgou ter sido uma falta de Jadson em Dedé na origem da jogada.

As decisões de Wagner do Nascimento Magalhães causaram discussão e dúvidas entre torcedores e na imprensa. Thiago Neves realmente derrubou Ralf dentro da área? O tapa de Jadson foi suficiente para derrubar Dedé? O LANCE! conversou e ouviu opiniões de ex-árbitros de futebol a repeito. Confira a seguir:

Carlos Eugênio Simon, ex-árbitro e comentarista dos canais Fox Sports
"Não foi pênalti. O árbitro errou feio. Não ouve infração do Thiago Neves no Ralf. O jogador do Corinthians, que é experiente, procurou o contato, se jogou em cima do cruzeirense e caiu de maduro. A princípio o árbitro não tinha marcado nada, mas utilizou o VAR para assinalar a penalidade. O erro foi grave e de toda equipe de arbitragem. Foi um absurdo.

No outro lance, houve a falta de Jadson no Dedé. O camisa 10 do Corinthians perdeu a bola e abriu o braço para parar a jogada. A abertura do braço no peito caracterizou a falta. Não pegou no rosto, como simulou Dedé, mas foi falta e a decisão foi correta.

O problema passa pela comissão de arbitragem. Não tem mais o que fazer. Tem que ter orientação. Wagner do Nascimento Magalhães é um bom árbitro. Teve uma boa atuação na partida entre Cruzeiro e Palmeiras, no Mineirão. Mas, ontem (quarta) não esteve bem. Foram nove cartões amarelos e 36 faltas. Principalmente no segundo tempo, demonstrou muito nervosismo. Tem que entrar em campo de peito aberto, apitar e, se for necessário, usar o VAR. Sou favorável à tecnologia, mas tem que ter treinamento e orientação".

José Roberto Wright, ex-árbitro
​"Não houve o pênalti e nem a falta. Jadson fez um movimento que apenas tocou no peito do Dedé, porém, ao mesmo tempo, ele recua o braço para não encostar no jogador do Cruzeiro. A arbitragem no Wagner não foi boa. Foi bem covarde durante a partida. Teve uma atuação muito britânica, travando o jogo o tempo todo. Contatos acontecem a todo momento, se for marcar todas, como esses dois lances, vamos ter faltas o tempo todo.

O VAR ainda é uma novidade que precisa se ajustar e há coisas positivas e negativas. As positivas é que dá pra rever o lance e as negativas é que ainda há jogadas discutíveis e de interpretações de toda a equipe de arbitragem. Acho que vai dar certo, mas ainda precisa de muito trabalho. O Cruzeiro foi melhor e mereceu o título".


Leonardo Gaciba, ex-árbitro e comentarista da TV Globo, também comentou os lances no Redação SporTV
"É uma jogada (do pênalti) interpretativa. Pelas imagens que nós temos à disposição, eu não tomaria a mesma decisão que o árbitro tomou. Eu não marcaria a penalidade. É importante saber qual câmera o árbitro viu quando foi conferir o VAR. Diferentemente da Copa do Mundo, aqui as imagens não são geradas pela maior entidade nacional.

Uma das funções é analisar a origem do lance, e Jadson leva a mão ao peito de Dedé. Nesse caso, ele acertou. Porém, Jadson colocou a mão no peito do Dedé e não no rosto, como ele sinalizou. O treinamento deles ainda não é grande e eles também tem pouco tempo".