Torcedores do Verdão contam suas histórias sobre 12 de junho de 1993


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O dia 12 de junho de 1993 ficou gravado na memória da maioria dos torcedores do Palmeiras. Naquela ocasião, o Alviverde fez 4 a 0 no rival Corinthians e sagrou-se campeão paulista no Morumbi, encerrando um jejum de 17 anos.

Na semana do 20º aniversário daquela conquista, o LANCE!Net convidou os internautas, via Twitter e Facebook, a enviarem seus relatos sobre a data marcante. Veja alguns deles abaixo:

Rodrigo Nanni Blini - Eu morava em Tupi Paulista, cidade pequena do interior, e estava voltando da balada. Morava atrás da igreja, e tocou na igreja o sino da meia-noite. Algo me deu que precisava desenterrar este sapo e acabar com o jejum. Então dei 17 voltas em volta da igreja do padre corintiano e falei: "Amanhã vai ser o dia". Acho que deu certo (risos).

Jose Luiz Marco Antonio - Estava lá, tremia, chorava. Estava lá com minha bandeira, não na arquibancada, mas sim na numerada coberta, totalmente tomada por palmeirenses alucinados. Éramos mais de 50 mil, não dava para nos calar, não dava para nos segurar. O ódio deles (corintianos) era a nossa motivação. Era acima de tudo a camisa alviverde linda comparada com a do "outro". Naquele dia frio e cinzento, o verde-branco imperava, brilhava mais que o sol e a lua em dia de alto verão. Veio a goleada, veio o título, veio a loucura, veio o delírio, veio o infarte, o derrame ou a parada cardíaca? Não sei, mas muitos se foram naquela tarde/noite. Eu fiquei, não entendi, senti meu corpo amolecer, a visão escurecer e uma sensação de desmaio mas meu Anjo-guardião me amparou, sobrevivi. Palmeiras amor eterno, não brinquem conosco, não nos provoquem porque para tudo haverá uma resposta.

Marcelo Mendes Caldeira - Eu sou santista e, naquele dia, estava na casa de um amigo, cuja mãe era corintiana, e o outro amigo meu era palmeirense. O Palmeiras mereceu este título, tinha mais time, mais vontade, e o Viola praticamente deu o titulo para o Palmeiras logo após fazer aquele gol na 1º partida!

Luis Ferrari Tagliaferro - Foi nesta data e neste jogo que eu aprendi a torcer para o Palmeiras. Eu tinha de sete para oito anos. Meu pai já havia me levado a alguns jogos, mas eu, ao invés de assistir aos jogos, gostava mesmo era de achar um ambulante para comprar sorvetes, amendoins... Ele me chamou para assistir a este jogo na sala de casa, foi maravilhoso ver tudo aquilo, era mágico. A cada gol do Palmeiras, um grito e um salto do meu pai. Eu, com a inocência de criança, achava que ele bateria a cabeça no teto de tanto que pulava. Foi emocionante, e daí para frente comecei a gostar de futebol. Até hoje temos uma fita cassete com este jogo gravado. Quando eu tinha vídeo cassete e o Youtube não existia, assistia a este jogo. Foi histórico, digno do Palmeiras!

Lê Pereira - Tinha dez anos de idade e acompanhei esse jogo naquele sábado à tarde com muita tensão, pois já era fanático. Foi o título mais importante, mais do que a Libertadores em 99. Foi a primeira vez que vi meu Palestra campeão, acabando com uma fila de 17 anos e ainda em cima do Corinthians. Foi fantástico.

Rodrigo Purgato - Tarde de 12 de junho de 1993. Eu criança, cinco anos de idade, daqueles moleques travessos, que não parava por um minuto. Eis que meu pai me coloca sentado ao lado dele e, por 120 minutos, não me deixa sair. Como qualquer criança nessa idade, eu tentava dar umas escapadas, correr para o meu quarto, ver o que estava acontecendo na janela do apartamento, buscar meus bonequinhos, mas não adiantava, ele não abria mão de eu acompanhar aquele evento que passara na televisão. Definitivamente, eu não entendia o que estava acontecendo, a importância daquele momento na vida de 30 milhões de pessoas, o quão feliz meu pai ficaria se as expectativas dele fossem concretizadas. E foram. Tudo aquilo era o Palmeiras, o meu querido e amado Palmeiras, que na pior fase de sua linda história, estava há 17 anos sem conquistar um título, que conseguira chegar à final e perdera para seu maior rival no primeiro jogo e para piorar, com um gol comemorado da forma mais provocativa e marcante da história daqueles dois times (Viola imitando o porquinho). Mas era o Palmeiras e se é Palmeiras a fé nunca deixará de existir. Para alegria do meu pai que comemorou como criança, o Palmeiras enfiou 3 no tempo normal e na prorrogação o nosso grande ídolo Evair terminou de enterrar aquele time prepotente e sem caráter: 4 a 0 pro Verdão!!! Acho que ali surgiu meu amor indescritível por essa nação, ali eu aprendi o que era ser palmeirense e ali eu vi meu time renascer e ser campeão pela primeira vez na minha vida.

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