Todos Esportes

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

De volta a Criciúma pelo Flu, Bruno pretende repetir boa atuação de 2013

Brasil x México - Fred (Foto: Odd Andersen/AFP)
Escrito por

Bruno já passou por muita coisa no Fluminense. O lateral-direito chegou ao clube em 2012, após ter feito um bom Campeonato Brasileiro pelo Figueirense, e desde então, não largou mais a titularidade da posição. No primeiro ano de Flu, dois títulos (Carioca e Brasileiro). O segundo, foi muito ruim. O time acabou entre os quatro últimos no Brasileirão. Mas o camisa 2 tem uma boa recordação da temporada passada: a partida contra o Criciúma, no Heriberto Hulse. O Flu venceu por 2 a 1, com dois gols de dele, que lembra bem daquele dia.

- Foi gostoso porque a minha família mora lá perto. É de Passos de Torres (sul de Santa Catarina). Ainda era aniversário do meu pai. Foi muito legal porque estavam a minha família, meus amigos e foi bom poder ajudar o Fluminense com dois gols naquele dia. Apesar da situação não ser muito boa no ano passado, é legal poder ajudar, ainda mais perto dos meus familiares. Vamos jogar na quarta lá, a galera vai estar presente de novo. Quando eu jogo em Porto Alegre também é assim. É importante ficar perto da família e das pessoas que te apoiam. O grupo do Fluminense é sensacional, todos te abraçam, brincam bastante - disse o jogador, em entrevista exclusiva ao LANCE!Net.

O jogador também conquistou a confiança do técnico Cristovão Borges rapidamente. No elenco atual, ele é o único lateral-direito com experiência. No banco, apenas o jovem Pablo Dyego, que é canhoto. Além dele, o volante Rafinha também tem sido improvisado em alguns treinamentos. Absoluto na posição? Para Bruno, a acomodação é algo que só pode prejudicá-lo.


Bruno conversou com a equipe do LANCE!Net nas Laranjeiras (Foto: Bruno de Lima/LANCEPRESS)

- Eu acredito que eu não. Não sou assim. Procuro sempre treinar forte, não me acomodo. Sempre converso com meus companheiros, o Wellington Silva era um que eu sempre conversava. Ele foi buscar o espaço dele lá no Inter. Quem tiver na posição pra ajudar, vai ser bem recebido. Não existe titularidade para sempre. Falo muito com os meninos da base, o Julião era um que eu também conversava muito. É importante brigar ali dentro de campo, nos treinos, mas nunca se acomodar - explicou.

CONFIRA A ENTREVISTA DE BRUNO AO LANCE!Net NA ÍNTEGRA:

CRISTOVÃO BORGES
É um cara realmente diferenciado. Não que os outros não sejam. Mas a gente absorveu os métodos dele de treinamento. As conversas que ele tem com a gente. É um cara justo. Estamos muito felizes com o Cristovão, é um cara que no dia a dia você pode chegar e conversar, seja um problema dentro de campo ou pessoal, isso é um diferencial. O grupo voltou a ser aquela família. Não que tenha deixado de ser, mas as trocas de treinador afetaram muito isso. Muda tudo. Esperamos dar sequência. Não podemos deixar cair.

ESTILO OFENSIVO DE CRISTOVÃO - COMO FICA O POSICIONAMENTO?
O que ele conversa com a gente é que quando um lateral está apoiando, o outro tem que dar uma segurada. Nada muito diferente, porque o diferencial da equipe está sendo que, desde o atacante, todos estão marcando. Estamos adiantando o time e isso está muito bom. Todos estão ajudando e isso faz com que não sobrecarregue lá atrás. Mostra que a equipe está evoluindo. Vamos tentar manter isso. Nós, laterais, temos a liberdade de atacar.


Cristovão foi elogiado pelo lateral Bruno (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)

PLANOS COM A CAMISA DO FLUMINENSE
Eu pretendo ficar aqui no Fluminense e ajudar por muito tempo. Estou muito feliz aqui, desde quando cheguei. As pessoas criticam, as pessoas aplaudem, isso sempre vai ter. Serve de apoio e de lição. É lógico que às vezes nós ficamos chateados, estamos sempre treinando, nunca deixamos de desistir. Como há pessoas que criticam, há aqueles que apoiam. A torcida vê o nosso esforço. Estou feliz. Acredito que a torcida está abraçando o grupo inteiro para a gente buscar o Brasileirão de novo.

JOGADOR SOLIDÁRIO
Eu fico muito feliz com os elogios dos companheiros, porque eles estão no dia a dia. Eles sabem o que a gente vem treinando, a nossa força de vontade. É lógico que a gente quer aparecer, fazer boas jogadas, mas o importante é sempre estar jogando para a equipe. Muitas vezes, as pessoas não veem isso, só veem o cara que faz o gol. Para chegar até lá, temos que construir a jogada desde o Diego Cavalieri. Fico muito feliz quando isso acontece. Faz parte. Cada um tem a sua função. Sempre vai ter um ou outro que vai se destacar, mas sair com a vitória é o que importa.

LÍDER DE CRUZAMENTOS CERTOS NO BRASILEIRÃO (NÚMERO FOOTSTATS)
Sempre treino isso. Lógico que muitas vezes chega no jogo e acaba errando, porque o jogo é muito intenso e às vezes está meio cansado, com a perna cansada, e isso acontece. E aí você tem que ir poucas vezes, mas sempre com qualidade. Fico feliz de estar evoluindo, ajudando meus companheiros. Venho treinando bastante, porque é em um cruzamento que podemos definir as jogadas, definir um jogo. É treinamento, confiança e mesmo quando há o erro tem que estar novamente pronto para acertar.


Bruno é um dos destaques do Brasileirão em cruzamentos (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)

CONFIANÇA - PARTE PSICOLÓGICA
Influencia muito. Estar confiante, com a torcida jogando ao lado... porque já tem o adversário, a torcida do adversário, então é importante mesmo nas derrotas a torcida estar do seu lado. Porque isso te dá uma força a mais. As vezes você está cansado, ou não está legal no jogo e escuta a torcida te apoiando, você tira força de onde não tem para ajudar os companheiros. É bom ter a torcida do lado para ganhar confiança. Porque com confiança as jogadas fluem e só assim vamos conquistando as vitórias.

JOGADORES QUE O INSPIRARAM NA COPA DO MUNDO
Me espelho em vários jogadores. O Luiz Gustavo é um deles. A dupla de zaga também. Mas um cara que precisa ser abraçado é o Fred. Nós ficamos em casa torcendo, é um cara que merece todo respeito. É um cara que tem sofrido com brincadeiras, mas as pessoas esquecem o que ele já fez na carreira. E o sucesso do Brasil não dependia só dele, dependia também do modo de jogar. Espero que ele possa voltar, estar com a gente novamente, pois vamos abraçá-lo. Muitas pessoas julgam e não conhecem o que é jogar futebol. Ele mostra nos treinos, no dia a dia que tem o valor dele. Lógico que ele deve estar abalado pelo o que aconteceu, mas acredito que ele vai dar a volta por cima. É um cara que me espelho muito. É um líder dentro do vestiário e só estando ali com ele para saber a pessoa humana que ele é. Além do mais, joga muito. A fase não foi boa para ele, o modo de jogar não o ajudou, aconteceu.


Bruno lamenta má fase de Fred na Copa do Mundo (Foto: Odd Andersen/AFP)

PENSA EM SELEÇÃO BRASILEIRA?
Primeiro penso no meu clube, no Fluminense. Estando bem aqui, conquistando título pode aparecer uma chance para mim. Lógico que é o sonho de todo jogador é estar em um grande e posteriormente representar o seu país. De repente um dia posso ter a oportunidade e vou poder mostrar ali dentro que tenho qualidade. É um sonho, sim, mas primeiro tem que manter os pés no chão, treinar firme e conquistas os títulos aqui no Fluminense.

TATUAGENS
Gosto de todas. É uma coisa que parece que vicia (risos). Meu tatuador é meu amigo pessoal e sempre trocamos ideia. Gosto de todas, pessoal costuma brincar bastante. O Rafa (Sobis) também tem bastante. E parece ser uma coisa estética, mas para mim é uma obra de arte e ao mesmo tempo é uma proteção. Eu gosto para caramba.

POUCAS LESÕES
Nos treinos, chagamos uma hora antes para fazer prevenção, fisioterapia e temos que nos cuidar. Ano passado fiquei dois meses praticamente parado e que eu me lembre foi a minha lesão mais grave. É saber dosar, de repente ficar fora de um ou dois jogos de vez quando porque o campeonato é muito intenso, é muito longo. Então tem que ser inteligente e ser poupado em um jogo, ficar fora melhor do que forçar e aí ficar dois meses sem jogar. Conversamos sempre com o pessoal da comissão e procuramos estar sempre inteiro e evitando as lesões.