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Para vice da Fifa, entidade fala, mas não age devidamente contra discriminação

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Vice-presidente da Fifa, membro do Comitê Executivo, chefe da força-tarefa antidiscriminação da entidade, presidente da Concacaf e negro. Jeffrey Webb fala com propriedade sobre racismo e não identifica na própria entidade da qual faz parte o interesse necessário para passar do discurso às ações mais duras para erradicar o problema.

Webb cita a falta de punições mais duras e a não implantação de um escritório especializado para conter o racismo nas competições da Fifa, mas isso não foi feito a tempo para a Copa do Mundo.

- É o que precisamos trabalhar. Não há motivos para não termos um escritório de antidiscriminação. Há uma desconexão entre a prestação de contas e o discurso. A discriminação é igual se é atacado o time inteiro ou para um indivíduo. Para nós, isso é discriminação - disparou, lamentando ainda sobre a não implantação do projeto:

- É uma pena dizermos que desenvolvemos isso. A Concacaf e a Uefa tem isso há muitos anos. Seria bom se a Fifa tivesse isso. Talvez no próximo torneio. Seria chave para a luta contra o racismo e a discriminação.

O diretor da Fifa para assuntos sociais, Federico Aridechi, interveio na coletiva concedida por Webb no Maracanã nesta quinta-feira para acrescentar que o problema foi a falta de tempo.

- A proposta foi feita pela força-tarefa. Em abril, rapidamente, vimos isso ser disponibilizado e implementado. Mas o treinamento para os agentes antidiscriminação não é algo que foi possível de ser implementado em pouco tempo. O treinamento começará. É uma proposta que foi aceita, implementada, mas leva algum tempo para ser implementada - explicou.

Nesta Copa do Mundo, por exemplo, houve três episódios ligados à discriminação. Só o grito "puto" dado pela torcida mexicana foi alvo de um processo disciplinar no Comitê da Fifa. E não houve punição. Segundo o presidente do órgão, Claudio Sulser, os torcedores não tinham a intenção de ofender uma pessoa específica.

- No caso do México, para qualquer pessoa que tocasse na bola, essa palavra era repetida. Por falta de um aspecto subjetivo, não foi possível punir a associação - disse o dirigente.

Ainda sobre racismo e discriminação, Jeffrey Webb prevê problemas ainda maiores na Rússia-2018.

- Muito mais. Rússia precisa de uma força-tarefa para ela mesma. Só para a educação interna. É preciso rever a legislação e ver o que ajustar. A Fifa tem um estatuto firme em relação a discriminação - emendou.