Com a chance de classificação reduzida, o treinador de Honduras Luis Suárez deve usar a estratégia de emocionar os jogadores com um discurso patriótico. Afinal, foi isso o que ele deixou claro durante a entrevista coletiva desta terça-feira na Arena da Amazônia.
- Disse para cada um deles de que era preciso pensar que este grupo é espelho para o seu povo. O país vive dificuldades e precisa de alegria. E tem as nossas crianças. Quem mais olha o futebol são as crianças, inocentes que acreditam nas coisas e sonham em imitar os seus ídolos. Por isso eles têm responsabilidades para além de Honduras. Joguem pelas crianças e, mesmo que no fim o time seja eliminado. que ele deixe o campo sabendo que deu tudo de si, que fez o certo.
Sempre lembrando da dificuldade que será obter a classificação e acreditando que o fator clima poderá beneficiar a sua equipe, Suárez arranjava brechas para inflamar o discurso:
- Uma coisa é clara. Temos de fazer gols e não tomar gols diante da Suíça. Tudo sempre foi complicado para Honduras. Mas temos um povo forte, que lutou pela reconstrução do país depois do furacão e hoje tenta por fim aos problemas sociais como a violência. O futebol é só mais um exemplo.
O treinador, que é colombiano, disse que ainda não sabe qual será o seu futuro, embora gostasse de permanecer no cargo, já que se identificou com a seleção de Honduras.
Ele lamentou muiito que a seleção chegasse ao terceiro jogo em situação tão delicada, podendo se tornar a única representante das Américas eliminada na fase de grupos de uma competição que está varrendo a Europa da briga pelo título.
- Não vou negar que ficarei triste de achar que algo faltou. Mas não avaliarei como fracasso. Faltou um pouco de destreza, de jogar a nossa bola diante da França. Não nos soltamos, embora tivéssemos atuado melhor contra o Equador. Mas ainda confio na superação da equipe - disse Suárez, louco para voltar a engatar o seu discurso patriótico-político que fez um jornalista presente no centro de imprensa soltar o seguinte comentário:
- Ele deve ser aquele tipo de treinador que faz todos os jogadores chorarem nas preleções.