Todos Esportes

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Táticas do ‘velho’ Scolari: entenda como age Felipão antes da decisão

Escrito por

Quase oito meses depois de dizer que “não tem pressão sobre o Brasil” e de falar que a Seleção seria campeã, Luiz Felipe Scolari recorre às últimas cartadas para fazer a equipe render o que se espera e chegar com força na semifinal da Copa do Mundo. As táticas são ao estilo do “velho Scolari”, algo que o próprio prometeu voltar a ser após a sofrida classificação.

O presidente da CBF, José Maria Marin, afirmou antes da Copa que só uma catástrofe tiraria o título do Brasil. O coordenador-técnico Carlos Alberto Parreira falou em “mão na taça” no dia da apresentação, em 26 de maio. Hoje, a leitura de Felipão é de que a antes “inexistente” pressão é grande, e os atletas sentem. A psicóloga Regina Brandão esteve na terça na Granja Comary para mais sessões de terapia com os atletas.

Ex-líderes da Seleção, como o capitão do Tri, Carlos Alberto Torres, consideram que a estratégia do “já ganhou” jogou ainda mais peso nas costas do time, ao invés de tirar. O técnico, que já fez de tudo para o time render mais, agora está agindo nos bastidores antes das quartas.

Felipão já deu broncas ao vivo na TV em treinos, usou discursos amenos para aliviar a pressão e, na última segunda, convidou parte da imprensa para pedir apoio contra a arbitragem. Admitiu que o time está devendo. Ao usar a tática do “vamos todos juntos” com jornalistas isentos, gerou reação contrária: Scolari passou a ser alvo de críticas em alguns veículos de comunicação, o que não é um problema. Pelo contrário. Internamente, Felipão, com o grupo na mão, “concentra” críticas externas e tenta aliviar para os atletas antes da decisão.

Na terça, além da conversa com Regina, houve reunião dos jogadores com a comissão técnica antes do treino. No campo, nada de trabalho dos titulares, pelo terceiro dia seguido. Os principais atletas só fizeram trabalhos físicos, apesar de Scolari reconhecer que a equipe está devendo: já foram disputados seis jogos (quatro pela Copa) desde a apresentação da Seleção.

– O que a gente passou contra o Chile vai servir de mais motivação para essa reta final agora. Se a gente passou é porque estávamos preparados – comentou Ramires.

‘VELHO’ FELIPÃO

Palmeiras
Na última passagem pelo clube, técnico muitas vezes fazia vazar informações de atletas que não estavam rendendo de acordo com o esperado. Objetivo era fazê-los reagir com críticas e, assim, ter ganho em campo. Na primeira passagem, em 2000, xingou o rival Edílson no vestiário do CT, com câmeras captando o som. Deixou o clima tenso, instigou os atletas e tirou o Corinthians com virada na semi da Copa Libertadores.

Grêmio
Antes de decisão do Brasileirão com o Grêmio, houve o famoso episódio em que o lateral Arce apareceu na frente da imprensa com a perna engessada. Mas o paraguaio não tinha nada: jogou e foi campeão contra a Portuguesa.

O QUE JÁ FOI FEITO POR FELIPÃO

Bronca geral
Dias antes da estreia contra a Croácia, o técnico encerrou um treino na Granja Comary aos berros porque o time titular estava muito frouxo na marcação. Os reservas tinham acabado de empatar o coletivo por 2 a 2. “Não sou eu que tenho de dizer para eles que a Copa vai começar”, disse na imprensa.

Troca-troca
Felipão mexeu duas vezes no time. No segundo jogo, sacou Hulk – que não tinha lesão muscular, mas reclamava de dores na coxa direita – e pôs Ramires. No terceiro, fez o atacante voltar para o time. Nas quartas de final, tirou Paulinho e lançou Fernandinho, que havia jogado bem contra Camarões. O time continuou carente tecnicamente.

Tática fantasma
Depois do primeiro jogo, Felipão disse que tinha planos B e C para qualquer eventualidade. Uma delas era usar Jô e Fred no ataque, caso a Seleção estivesse atrás no placar. Disse que orientava os jogadores “na lousa”, mas não precisava treinar no campo.

Outro discurso
Antes da Copa, o técnico e o coordenador Parreira insistiram no discurso de que a Seleção era favorita e que já havia colocado uma mão na taça porque sabia como lidar com assuntos extracampo. Às vésperas do jogo contra o Chile, porém, percebendo que os jogadores estavam tensos demais, Felipão disse que, em caso de derrota, ninguém precisava se jogar do barranco.

FRASES

"Não tem pressão sobre o Brasil para ser campeão. O Brasil vai ser campeão. Se eu não achasse que poderia ganhar, eu não iria dirigir a seleção do Brasil, eu ficaria em casa. Eu acredito 100% que vou ganhar o Mundial pelo Brasil"
Luiz Felipe Scolari, em 17 de novembro de 2013

"Só uma fatalidade nos tira o título de campeão"
José Maria Marin, em 9 de junho deste ano

"Já estamos com uma mão na taça. O campeão chegou. E bem chegado"
Carlos Alberto Parreira, na primeira entrevista da Seleção: Teresópolis, 26 de maio