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Superior, Corinthians vence São Paulo em clássico pela Libertadores

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Até 2012, a Libertadores mexia de forma negativa com o Corinthians. O São Paulo, tricampeão, parecia se agigantar no torneio. O são-paulino contava os dias para cada jogo internacional. O corintiano temia nova decepção. Nesta quarta-feira, os clubes se encontraram pela primeira vez na história na Libertadores, em duelo válido pela primeira rodada do Grupo 2. Na Arena Corinthians lotada com recorde de público, o Timão venceu, merecidamente, por 2 a 0. Prova de que o mundo da bola pode girar e inverter forças, que por muitos anos pareciam ser imutáveis.

No banco, Tite, que acabou com a obsessão com o título inédito e invicto há cerca de três anos, já havia revelado na segunda-feira que Danilo entraria no lugar de Guerrero. O 4-1-4-1 implementado após o ano sabático de estudos na Europa tem dado resultado na temporada. Em nove jogos, foram sete vitórias, um empate e uma derrota. Seu trabalho tático, inegavelmente superior, fez toda diferença.

Do outro lado, Muricy Ramalho escondeu o ouro. E parece tê-lo guardado no lugar errado, ao entrar com Michel Bastos na lateral esquerda e não na meia, onde ele fazia a diferença - e havia jogado todas as partidas da temporada. Maicon foi o escolhido para ficar ao lado de Ganso e não ajudou na criação.

O Corinthians amassou no começo, pressionando a saída de bola rival. Dória e Bruno exageravam no nervosismo. Danilo exagerava na experiência, mesmo jogando fora da sua. Ao tabelar com Elias, rolou para Jadson e o meia encontrou o camisa 7, que em uma fração de segundo apareceu na cara de Rogério Ceni. Sem deixar cair, bateu no canto aberto deixado pelo goleiro e abriu o placar. Gol do maior carrasco da história recente - em Majestosos, são oito jogos, sete vitórias, um empate e seis gols marcados.

O São Paulo se acalmou, começou a ganhar posse, mas não conseguiu entrar na defesa alvinegra. Parecia não ter tática nem experiência para jogar o torneio. A maturidade do dono da casa, antes algo surpreendente, não deixou ninguém de boca aberta nesta quarta. O primeiro tempo terminou com espírito de Libertadores, truncado, mas Cássio e Ceni pouco trabalharam.

A volta para a etapa final indicou o óbvio. Um jogo de contra-ataque e inteligência. Reinaldo entrou no lugar de Alan Kardec, apagado, e Michel Bastos voltou para o meio, de onde não devia ter saído. Mas não foi suficiente.

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Após uma cobrança de falta são-paulina, o rebote caiu nos pés de Bruno. Emerson Sheik saiu como um raio e roubou-lhe a bola com falta - não marcada pelo árbitro Ricardo Marques Ribeiro. Elias, de novo ele (?), apareceu pelo meio. Mas quem recebeu o passe foi Jadson, aberto pela direita. O camisa 10 entrou na área, cortou Reinaldo e bateu de esquerda, sem jeito, mas suficiente para vencer Rogério Ceni e ampliar o placar: 2 a 0. O meia, que não pôde disputar nenhum jogo contra o ex-clube em 2014 por força de contrato, comprovou a boa fase na atual temporada.

Aos 22 minutos, Tite já consolidava sua incontestável vitória sobre Muricy Ramalho. E o Corinthians garantia a vitória no duelo histórico contra o rival. O Majestoso terminou sem mais grandes emoções, mas com direito a "olé" da torcida nos minutos finais e um quase 3 a 0 que sairia dos pés de Danilo.

O Corinthians, com três pontos, sai na frente na corrida pela classificação ao mata-mata. O próximo desafio será no dia 4 de março, diante do San Lorenzo (ARG), na Argentina. Já o São Paulo terá de se recuperar na próxima quarta-feira (25), contra o Danubio (URU), no Morumbi.

Elias fez o primeiro gol de um Majestoso pela Libertadores (Foto: Miguel Schincariol)

FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 2 X 0 SÃO PAULO

Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
Data/Hora: 18 de fevereiro de 2015, às 22h
Juiz: Ricardo M. Ribeiro (Fifa-MG)
Auxiliares: Cleriston Clay Barreto (SE) e Guilherme Camilo (MG)
Público/Renda: 38.487 pagantes / R$3.528.236
Cartões amarelos: Denilson, Maicon, Ganso e Luis Fabiano (São Paulo); Felipe (Corinthians)
GOLS: Elias, aos 11'/1ºT (1-0) e Jadson, aos 22'/2ºT (2-0)

CORINTHIANS: Cássio, Fagner, Felipe, Gil e Fábio Santos; Ralf; Jadson (Mendoza, aos 47’/2ºT), Elias (Bruno Henrique, aos 42'/2ºT), Renato Augusto e Emerson Sheik (Malcom, aos 43'/2ºT); Danilo. Técnico: Tite

SÃO PAULO: Rogério Ceni, Bruno, Rafael Toloi, Dória e Michel Bastos; Denilson, Souza, Maicon (Thiago Mendes, aos 25'/2ºT) e Paulo Henrique Ganso; Alan Kardec (Reinaldo, aos 8'/2ºT) e Luis Fabiano. Técnico: Muricy Ramalho