Todos Esportes

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Schettino não quer mais a Federação Mineira e eleição pode atrasar

Conca e a mãe (Foto: Divulgação)
Escrito por

Depois de aproximadamente quatro meses de disputas judicias para se manter na presidência da Federação Mineira de Futebol, o ex-presidente Paulo Schettino, jogou a toalha e disse ao L!Net que não pretende mais comandar o futebol mineiro. Ele descartou a volta por meios judiciais e a disputa de reeleição.

- Os recursos que eu tinha que fazer, já o fiz - afirmou.

Sobre a reeleição, ele entende que o estatudo dá brecha para ele concorrer.

- Tenho [direito de disputar a reeleição], mas não vou. Simplesmente não quero - declarou enfático.

Mesmo não ocupando a linha de frente, Schettino disse que não pretende abandonar o futebol e não negou apoio a algum candidato.

- Tenho 60 anos de futebol e não vou abandoná-lo. Assim que aparecerem os nomes, certamente vou apoiar algum candidato.

ELEIÇÕES

Enquanto o interventor da Federação Mineira de Futebol responsável pela eleição, Fernando Costa, não publica o edital oficializando o pleito, que por determinação judicial deve ser realizado até 29 de abril, o único candidato declarado, Paulo Cesar Freitas faz campanha junto aos clubes e ligas esportivas de Minas Gerais.

- Estou ansioso, pois tem os prazos da justiça para serem cumpridos e o edital tem que ser publicado com 30 dias de antecedência da votação. Enquanto isso estou viajando por Minas para visitar os clubes e ligas - declarou Freitas.

Para oficializar a candidatura, a Federação exige que a chapa tenha apoio assinado de quatro clubes da primeira divisão, de três da segunda, quatro agremiações amadoras e de cinco ligas municipais. Segundo o candidato, isso não é problema.

- Temos mais assinaturas do que o mínimo exigido. O Cruzeiro foi o primeiro a assinar. Só posso anunciar ele porque o presidente [Gilvan de Pinho Tavares] deu entrevista anunciando o apoio. Os outros assinaram, mas não tenho autorização para anunciar os nomes - garantiu Freitas.

Paulo Cesar Freitas tem experiência em disputas eleitorais. Foi prefeito de Nova Serrana por três mandatos e deputado estadual por outros dois. Aos eleitores promete uma série de mudanças na Federação, entre elas a abertura das contas ao público, incluindo contratos de patrocínio, mudança da sede da instituição, criação de um calendário que favoreça os clubes do interior, com mais competições e taxas menos caras.

- Para um clube entrar em campo atualmente, ele gasta no mínimo R$ 12 mil em taxas. É impossível para os clubes do interior sobreviverem com esses valores - declarou explicando que pretende conseguir patrocínios para baixar os custos dos times.

PROBLEMAS

O administrador responsável pelo processo eleitoral, Fernando Costa, disse que tem dificuldade para formar o colégio eleitoral e não descarta uma nova prorrogação de prazo para a votação.

- Temos problema com a documentação dos clubes amadores e das ligas municipais. Na semana passada publiquei edital dando prazo até esta sexta-feira para que todos enviem os documentos para a regularização da situação - explicou Costa.

Se a documentação estiver pronta nesta sexta-feira, o interventor tem até o domingo para publicar edital convocando as eleições.

- Mas acredito que dificilmente isso vai acontecer - antecipou Costa.

Para a eleição ser prorrogada novamente, o membro do colégio eleitoral comunica a necessidade ao judiciário, que pode marcar nova data.

ENTENDA O CASO

A Federação Mineira está sob o comando de dois interventores nomeados pela justiça. O problema começou no fim de 2012, quando o presidente Paulo Schettino estava há um ano de encerrar a sua segunda administração na instituição. Ele convocou assembleia para mudar o estatuto e prorrogar o seu mandato até julho de 2014, com objetivo de ficar no comando durante a Copa do Mundo.

O Ministério Público Mineiro entendeu que a mudança estatutária foi ilegal e pediu para a justiça afastar Schettino nomeando dois interventores. O presidente recorreu e conseguiu ficar, entre saidas e voltas, no cargo até a semana passada.

Nesse tempo uma comissão eleitoral foi nomeada para realizar a votação até 28 de fevereiro, mas alegou não ter tempo hábil para organizar o pleito. A justiça deu mais 60 dias de prazo (até 29 de abril) para a realização da votação e deixou a Federação sob o comando dos interventores Cristiano Aguiar e Fernando Lago.