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Racismo: um problema que parece sem solução na Europa

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O futebol europeu viveu nesta terça-feira mais um episódio lamentável de uma mazela que parece sem fim: o racismo. A atitude dos torcedores do Chelsea, que impediram um negro de entrar em um vagão no metrô de Paris, inclusive emitindo cantos racistas, tomou conta dos noticiários internacionais nesta quarta-feira. 

O caso, por ser fora de um estádio, está gerando polêmica por conta da postura da Uefa. Apesar de repudiar o episódio, a entidade afirmou que nada pode fazer no que diz respeito a possíveis punições. De fato, no seu regulamento, existem 11 parágrafos que falam sobre o tema. Em nenhum deles existem qualquer tipo de medida contra um clube para fatos que ocorram fora das quatro linhas. A polícia da Inglaterra fez um comunicado informando que vai colaborar com autoridades francesas no que se diz respeito a descobrir os envolvidos no episódio, que só engrossa a lista sobre o assunto no Velho Continente.

O caso que mais chamou a atenção em 2014 foi com o brasileiro Daniel Alves, do Barcelona. Durante uma partida contra o Villarreal, o lateral se preparava para cobrar um escanteio quando uma banana foi atirada em campo. Com uma atitude surpreendente, o jogador pegou a fruta, comeu e e executou a jogada como se nada tivesse acontecido. O episódio ganhou o mundo, com forte adesão, sobretudo de famosos e autoridades, em redes sociais. A hastag #somostodosmacacos foi criada.

A Espanha, aliás, é um dos países que registrou mais episódios sobre o racismo. Samuel Eto'o, quando atuava pelo Barcelona, também sofreu insultos em um duelo contra o Zaragoza. Já o zagueiro brasileiro Paulão saiu chorando de campo após a própria torcida do Bétis emitar macacos quando o jogador foi expulso no clássico contra o Sevilla.

A Itália também se "destaca" no quesito racismo. Duas semanas depois após o episódio de Daniel Alves, Kevin Constant, do Milan, foi alvo da torcida do Atalanta, que atirou bananas em campo. Mario Balotelli e Kevin-Prince Boateng, quando atuavam pelo Rubro-Negro de Milão, também foram vítimas das torcidas de Roma e Pro Pátria, respectivamente. O zagueiro Juan, quando atuava no país, também foi alvo. Nos últimos seis anos, a Federação Italiana de Futebol registrou 50 casos de racismo.


Balotelli foi vítima de insultos racistas de torcedores da Roma

A Rússia, país que vai sediar a próxima Copa do Mundo, também já apresentou casos recentes de racismo. Só para citar os brasileiros, Hulk, do Zenit, e o ex-jogador Roberto Carlos, quando atuava pelo Anzhi, também foram vítimas. Willian, que ja atuou no país, confirmou em declarações no ano passado que já vivenciou experiências sobre o tema quando atuou na Ucrânia.

A Alemanha, atual campeã do mundo e que possui um dos campeonatos mais organizados da Europa, também teve seu caso. Asamoah, no clássico entre Schalke 04 e Borussia Dortmund, foi ofendido pelo goleiro Roman Weidenfeller, que foi suspenso por três jogos e multado em 10 mil euros.

Como se vê exemplos sobre esse lamentável tema não faltam. Mesmo com campanhas, medidas e até apelos, o futebol na Europa ainda está longe de obter uma vitória definitiva sobre o racismo.