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Primeira ‘era Dunga’ na Seleção teve decisões e comportamento controversos

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O temperamento explosivo, a personalidade forte, a conclamada coerência e outros atributos e princípios adotados por Dunga na primeira passagem pelo cargo de técnico da Seleção Brasileira o fizeram ficar marcado por atitudes e decisões controversas ao longo do período de quatro anos. Para o início do ciclo da Copa de 2018, a CBF recoloca o capitão do tetra no posto e torna a equipe canarinha suscetível a novas situações do gênero.

1 - Convocação 'coerente' para a Copa

Grafite, Kleberson, Julio Baptista, Josué, Nilmar... Dunga levou à África do Sul alguns jogadores dos quais não se esperava muito. Mas o que pesou foi o espírito de grupo. No jogo contra a Holanda - o da eliminação - precisando mudar o jogo no segundo tempo, o treinador olhou para o banco, viu que não tinha peças para dar outro panorama. Morreu com uma alteração e abraçado com os jogadores que levou ao Mundial, mediante a avaliação de um desempenho satisfatório sob o comando do treinador que já tinha ficado no passado. Julio Baptista foi exemplo claro. Brilhou na Copa América-2007, foi ao Mundial como reserva imediato de Kaká, mas era reserva na Roma. Por outro lado, Ronaldinho Gaúcho e Adriano, que já estavam em declínio, mas poderiam render mais que os convocados, foram preteridos.

2 - Discussão com jornalista

A relação de Dunga com a imprensa nunca foi das melhores. O ápice da crise foi quando o treinador resolveu atacar o jornalista Alex Escobar, da TV Globo, durante a coletiva após a vitória sobre a Costa do Marfim, ainda na primeira fase.

- Cagão. Tu é cagão de m... - balbuciou Dunga no microfone durante uma pergunta e outra.


3 - Neymar e Ganso?

- Eu tenho que ganhar a Copa de 2010. Como vou preparar a seleção para a Copa de 2014? Até brinquei com o Jorginho que, se fosse para dar experiência, eu levaria o meu filho, o filho do Jorginho.

Foi assim que Dunga respondeu ao questionamento sobre não ter levado os promissores Neymar e Ganso à Copa - o segundo ainda estava em sua época espetacular. Até hoje o técnico diz que não se arrepende.

4 - Dunga das roupas

Levando o assunto para fora do campo, Dunga chamou a atenção desde o primeiro jogo pelas roupas usadas à beira do campo. Segundo o próprio treinador, o estilo adotado foi fruto de "sugerimentos" (ele quis dizer sugestão, mas usou o termo em italiano) da filha, Gabriela, que estava se formando em moda. Atualmente ela tem um ateliê em Porto Alegre.

5 - Dunga ufanista

"Brasil: Ame-o ou deixe-o" poderia ser muito bem o lema da Seleção de Dunga e Jorginho em 2010. Os comandantes da equipe, sempre que tinham a chance, faziam discursos acalorados, conclamando o apoio da torcida e da imprensa em prol da Seleção Brasileira. E ai de quem fizesse uma crítica: era acusado de traição pelo treinador.

6 - Comandante do exército

Dunga implantou um sistema de tolerância zero na Seleção. Praticamente um quartel, no qual os jogadores eram obrigados a seguir regras rígidas de disciplina. A atitude foi até compreensível diante do trauma da Copa anterior, quando houve uma farra total em Weggis, na Suíça, local da preparação brasileira. O carnaval anterior deu lugar a um ambiente completamente oposto, em níveis exagerados.