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Pai rubro-negro, filho tricolor

Ambiente - Espanha x Austrália, Curitiba (Foto: Rodrigo Cerqueira)
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Thiago Acampora é aquele tipo de torcedor que serve para comprovar o ditado de que em casa de ferreiro, o espeto é de pau. Filho de flamenguista, foi tentado pelo progenitor a seguir o Rubro-Negro. O que talvez teria dado certo não fosse a influência do tio tricolor. Foi ele o responsável por fazer nascer no sobrinho o amor pelo Fluminense. História que, anos depois, o próprio Thiago fez questão de repetir na família. Tratou de perpetuar com a sobrinha, prestes a completar 10 anos de idade, o enredo. Iniciativa que parece ter se valido da jurisprudência aberta com ele na infância.

- O pai dela é Flamengo e ela também quis o Fluzão. Como ele é fanático, hoje em dia mal fala comigo. Mas não me importo - conta ele, deixando escapar a maneira como convenceu a menina a torcer pelo time das Laranjeiras:

- Uma vez, quando ela era menor, chegou na minha casa gritando "mengo" e tratei de dizer que ela não ganharia nada de mim, nem água, se voltasse a fazer essa gracinha. Depois dei camisa do Fluminense com o nome dela. E pronto. Estava cortado o mal pela raiz.

O orgulho de Acampora por garantir a genealogia tricolor sequer se equipara à satisfação conquistada com seu acervo de camisas do time - e que já é para lá de grande. Os R$ 9 mil gastos, estima, para adquirir as cerca de cem peças, não compram a felicidade com a qual o torcedor fala sobre a sua coleção.

- Começou quando eu tinha 12 anos. Ganhei uma e só pude voltar a ter outra lá pelos meus 18, 19 anos, quando comecei a trabalhar. Nem quando as contas começaram a apertar e um dos meus amigos cogitou vender algumas passou pela minha cabeça me desfazer de alguma. Não é o dinheiro que está em questão. Desde 2004 tenho todas as camisas e quero continuar assim. Deixei claro que daria um jeito, mas isso, de vender, não faria nunca - afirmou ele.

E entre tantos uniformes, há alguns xodós.

- Tenho uma autografada pelo time inteiro de 2010. Outras, com a assinatura do Romerito e de craques da geração de 1970 que eu saí correndo atrás para conseguir. É um tesouro de valor incalculável.

Para estar próximo da equipe do clube de coração, Acampora, que é professor de Educação Física, estaria, inclusive, disposto a trabalhar de graça para o Tricolor.

- Toparia ser faxineiro e ser pago com camisa. Seria uma satisfação pessoal que dinheiro nenhum compra, a de servir ao meu clube. Topava até ser técnico ou membro de comissão técnica de bocha, estilingue e até de cuspe à distância - concluiu ele, entre risos.