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Membro da Academia LANCE! analisa protesto da torcida do Botafogo

Público lotou o ginásio Mineirinho para a primeira edição do UFC em BH (Foto: Divulgação/ UFC)
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Agressão e violência não podem ser justificadas. Não representa toda a torcida, e apenas uma parte mais agressiva. Essa reação tem duas frentes, uma específica do Botafogo e outra mais geral do futebol brasileiro.

A torcida criou uma expectativa muito grande e alguns diziam que seria campeão. E o time tem dado ares de cansaço, falta de vontade e garra. Então, começam as gozações de que é cavalo paraguaio e isso gera uma reação grande no universo do botafoguense. Mas que não justifica violência. Quando o time está mal e mostra raça – como o Vasco, domingo –, a torcida abraça.

E no Brasil temos uma cultura imediatista. Quase nunca pensamos a médio ou longo prazo. Somos imediatistas em todos os setores da vida. No futebol, tocado pela paixão, ficamos mais anda. Vale o resultado e, se ele não acontece, não se tem controle desses setores agressivos e vândalos.

Na Europa, ser vice é uma glória. Aqui, é motivo de gozação. Lá tem uma característica de ser mais estável e planejado no médio e longo prazo. A expectativa fica mais serena. Lá, ouvi muitos dirigentes e técnicos falarem que o objetivo era chegar à final. Já consideravam isso um grande sucesso.

Aqui, ninguém quer pensar em longo prazo. A torcida só quer ganhar e o time não pode ter momento de queda.

O caso do Botafogo é um pouco disso. O imediatismo geral da cultura do Brasil, que se manifesta mais no futebol pois é objeto de emoção e paixão, o que exacerba as coisas. Por outro lado, a questão do próprio Botafogo. A torcida se vê frustrada diante dos resultados e da falta de vontade do time, que parece ter aceitado a derrota. Essa mitologia do cavalo paraguaio perturba muito os botafoguenses.