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Maicon cobra mudanças estruturais no futebol brasileiro; Parreira afirma que CBF não forma jogadores

Jogo-treino - Fluminense x Friburguense (Foto: Nelson Perez/Fluminense FC)
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A maior humilhação dos cem anos de história da Seleção Brasileira, que fez o primeiro jogo em 1914, pode servir como largada para uma reformulação total do futebol brasileiro. Ou pelo menos deveria. É a opinião de alguns dos jogadores que participaram da derrota por 7 a 1 da Alemanha. Como Maicon. Para ele, apesar de ser difícil ver algo positivo nesse momento, é importante mudar porque do jeito que está não pode continuar.

– Nesse momento cada um tira frutos de alguma coisa. Claro que tomar sete gols não tem muita coisa boa para tirar, mas a gente tem de refletir porque as coisas não podem ser desse jeito. É difícil, mas com certeza alguém vai tirar algum fruto dessa derrota da Seleção e espero que mude para melhor – afirmou o lateral-direito da Roma (ITA).

O coordenador técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira, reagiu de forma diferente. Para ele, não é da CBF a responsabilidade de organizar o futebol brasileiro e de formar atletas.

– A gente está mal acostumado a analisar os resultados. Se foi bom, o trabalho todo foi positivo, se foi ruim, tudo foi negativo. Mas está muito claro que os europeus, de um modo geral, se preocupam muito mais em trabalhar a base e melhorar o nível dos treinadores. A UEFA faz um trabalho muito bacana com os treinadores, melhorou o nível e a formação dos atletas, melhorou os campeonatos nacionais... Mas a CBF não é formadora de jogadores. A CBF já recebe os jogadores prontos. É importante que isso seja melhor trabalhado no país – afirmou.

Questionado sobre se é o momento de reestruturar, Parreira foi sucinto.

– Temos um longo caminho pela frente, e é sempre bom recomeçar.

O goleiro Julio Cesar preferiu não falar sobre a falta de estrutura do futebol brasileiro. Mas pediu paciência com o grupo atual da Seleção Brasileira. E lembrou que a base do grupo da Alemanha que garantiu classificação à final é a mesma há mais de oito anos.

– Essa Seleção Brasileira que jogou a Copa no Brasil tem jogadores jovens, que terão oportunidade daqui a quatro a nos de refazer a história. Tem tempo para melhorar muitas coisas, até para os jovens também. Nesse momento, acho que temos de ressaltar coisas boas e não coisas ruins. A Alemanha joga junta há muito tempo. Isso facilita – disse o goleiro.

Maicon concorda sobre a manutenção do grupo. Mas admite que a derrota deve continuar como a maior por muito anos.

– Não tenho dúvidas de que vai continuar sendo a maior goleada sofrida na história, ainda mais se tratando de Seleção Brasileira. Mas temos de tentar superar de outra forma. Daqui a quatro anos tem outro Mundial. Primeiramente, temos de pensar em fazer uma grande partida no sábado e conquistar esse terceiro lugar. É o mínimo. E, daqui a quatro anos, a galera que participar da próxima Copa dar a volta por cima porque, com certeza, isso daqui vai ser lembrado por muitos e muitos anos.

Já David Luiz, depois de chorar a eliminação, afirmou que a união do povo brasileiro em torno da Copa do Mundo poderia acontecer também para outras causas.

– A dor é muito grande, mas tem muitas pessoas que vivem lutando contra a dor a vida inteira e suporta, então o que não nos mata nos torna mais fortes. Espero que nosso país se una da forma que foi na Copa do Mundo para outras coisas também. A gente sabe que pode melhorar e crescer no futebol e em outras coisas também – disse o zagueiro.