O excesso de jogos em curto espaço de tempo no Campeonato Cearense fez com que o assunto fosse parar na Justiça do Trabalho. O Ministério Público pediu que, em caráter liminar, a edição-2014 seja suspensa até que haja uma adequação no calendário. Segundo a Federação Cearense, a notificação já chegou, mas a apreciação do juiz só ocorrerá depois de manifestação da entidade e dos clubes.
– Estamos tranquilos em relação ao isso. O campeonato vai acontecer normalmente – garantiu o presidente da Federação, Mauro Carmélio, em coletiva concedida com o jurídico da entidade.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) impetrou uma ação civil pública, após ser acionado pelo Sindicato dos Atletas de Futebol do Ceará (Safece). O formato do Cearense prevê 32 datas, começando já no dia 5 de janeiro, sendo que o calendário da CBF, contestado por jogadores, reserva 21 datas, a partir de 12 de janeiro.
– Espero que a entidade agora sente para discutir o tema. Fizemos um pedido, incluímos um laudo de um fisiologista no processo, para que o intervalo entre as partidas seja de, no mínimo, 66 horas. Não trabalhamos com achismos – afirmou ao LANCE! o presidente do Safece, Marcos Gaúcho.
Segundo ele, a movimentação do sindicato começou depois da péssima experiência relatada pelos jogadores, que tiveram no Cearense de 2013 um calendário tão intenso quanto o previsto para 2014.
– Queremos que haja um respeito aos jogadores. Excesso de jogos é ruim para todos. O Ferroviário, por exemplo, vai fazer quatro jogos em oito dias – completou Marcos.