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Grupo voluntário luta por revitalização do entorno de São Januário

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A sensação é de que algo parecido já foi visto. Como se fosse um roteiro adaptado no cinema, São Januário pode ser, novamente, cenário de uma nova história, mas como os mesmos personagens: os apaixonados torcedores.

Assim como há 87 anos, quando vascaínos se reuniram para arrecadar dinheiro e construir a casa cruz-maltina, um grupo de torcedores, de forma voluntária, vem conversando e batalhando nos bastidores para que o entorno da Colina receba alguns ajustes, visando à melhoria no acesso dos cruz-maltinos e ganhos futuros para o clube.

A movimentação vai desde estudos preliminares de viabilização do projeto de revitalização, feito por um engenheiro membro do grupo, até a marcação de reuniões com peças da diretoria vascaína – como aconteceu, em mais de uma oportunidade, no ano passado, com o diretor geral Cristiano Koehler. Houve encontros e contatos também com representantes do poder público.

Abílio Borges, presidente do Conselho Deliberativo do Cruz-Maltino, engenheiro civil e ex-presidente do CREA-RJ, é uma das pessoas que vêm prestando auxílio ao grupo neste ambicioso projeto.

Aliado à algumas ideias paralelas da prefeitura, os vascaínos têm a intenção também de criar uma integração entre transportes públicos, que facilitem a chegada ao estádio.

O projeto aborda, entre outros pontos, a revitalização da Barreira do Vasco, comunidade que fica nos arredores de São Januário e foi pacificada no ano passado.

Uma das músicas cantadas pela torcida vascaína na arquibancada tem o seguinte trecho: “te enfrentei, venci, fiz São Januário”. Que este orgulho que o cruz-maltino sente da história do clube e do estádio possa ser revivido. Mais uma vez, graças às mãos da torcida, o Caldeirão pode ficar ainda melhor.

Abaixo-assinado entregue ao prefeito

A partir do momento que o projeto foi idealizado, em 2011, o grupo tem conquistado adeptos. Em outubro de 2012, um abaixo-assinado eletrônico, com mais de 10 mil adesões, reivindicando a revitalização do entorno de São Januário, foi entregue ao prefeito Eduardo Paes.

Até hoje, o grupo não recebeu uma reposta oficial sobre o abaixo-assinado e o projeto.

Em novembro de 2012, em entrevista ao LANCE!Net , Paes afirmou que os arredores da Colina seriam alvo de uma intervenção urbanística.

– Independentemente de ser ou não sede do rúgbi, a prefeitura tem planos para o entorno de São Januário. Nós temos o projeto Morar Carioca, que leva em consideração a Barreira do Vasco (comunidade vizinha ao estádio) e todas as outras. Portanto, nós já estamos pensando em toda aquela área – prometeu à época Paes.

Vale lembrar que o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) reprovou São Januário como sede do rugby na Olimpíada 2016, alegando que encargos não foram atendidos.

Palmeiras tido como exemplo

O recente projeto de revitalização da Palestra Itália, que virou Arena Palmeiras, é tido pelo grupo como um bom exemplo. Uma das bases para tal opinião são as inúmeras semelhanças entre os estádios e os espaços ocupados pelos mesmos (antes da construção da arena multiuso).

Membros do grupo lembram ainda que, com exceção de três imóveis, o Vasco é dono de quase um quarteirão em São Cristovão e poderia levar à frente obras que trouxessem ganhos financeiros, como um shopping, como há em outros estádios do Brasil.

O vídeo usado pelo Palmeiras para mostrar como ficará a nova Arena também foi divulgado por membros do grupo com a intenção de mostrar a possibilidade do projeto.