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Fórmula 1 chega ao GP do Brasil precisando lidar com crise financeira

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A semana da Fórmula 1 em São Paulo será importante não apenas pela disputa do título da temporada entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Até mais importante do que isso, o que está em jogo é o próprio futuro da categoria. Em meio a uma crise política motivada por questões econômicas, três equipes pressionam para uma distribuição mais justa dos lucros da categoria: Lotus, Sauber e Force Índia. Se uma solução não surgir, elas ameaçam não participar do GP de Abu Dhabi, prova que encerra a temporada no próximo dia 23.
 
O chefão da categoria Bernie Ecclestone se mostra disposto a negociar. Após admitir sua responsabilidade na crise, o inglês começou a pressionar as equipes grandes a abrirem mão das regalias que ele mesmo ofereceu à elas, na forma de bônus especiais. Os contratos ainda estão vigentes e exigiriam que times como Ferrari, Red Bull e Mercedes abrissem mão de ganhar mais para ajudar os times menores.
 
- Nós queremos ver uma solução até o GP do Brasil e a introdução de um novo contrato até o GP de Abu Dhabi. Por sorte, ainda temos Bernie. Se existem alguém para fazer estas mudanças, é ele. E quando ele quer impor algo, ele impõe - afirmou o dono da equipe Lotus, Gerard Lopez.
 
No mundo de hoje, ninguém faz isso sem receber nada em troca. Bernie trabalha nos bastidores para fazer com que Ferrari e Red Bull - através da Renault - consigam a permissão para trabalhar nos motores para o ano que vem. Atualmente o desenvolvimento das unidades de potência está congelado. Isto permitiria que elas tentassem diminuir a enorme desvantagem que tiveram neste ano em relação aos motores da Mercedes.
 
Resta saber qual será a posição da marca alemã. Ganhando uma boa fatia dos lucros da F-1 e correndo praticamente sem adversários na pista, a Mercedes não teria nada a ganhar com estas mudanças. Mas talvez a perspectiva de um grid cada vez mais magro e da imagem da categoria cada vez mais danificada sejam motivos fortes o suficiente para eles perceberem que precisam achar um compromisso.
 
A ameaça de boicote dos times menores ao GP de Abu Dhabi seria uma maneira contundente de deixar isso claro. No momento, a única certeza é que, no apertado paddock de Interlagos, os homens fortes da Fórmula 1 terão muitas reuniões onde decisões importantes precisam ser tomadas.