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Disputa entre cervejarias afasta Chapecoense do Movimento Por um Futebol Melhor

Menina ganha presente de natal de Cavalieri (Foto: Vitor Pimenta)
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A disputa entre a Brasil Kirin e a Ambev vem mantendo a Chapecoense, recém promovida à Série A em 2014, afastada do Movimento Por um Futebol Melhor. A agremiação catarinense, vice-líder na classificação geral da Série B, com 66 pontos - dez a menos do que o já campeão Palmeiras -,vem sendo objeto de desejo de várias marcas. O clube catarinense arrecadou ao longo do ano cerca de R$ 900 mil por mês com o seu programa de sócio-torcedor, venda de camisas e pagamento pelo direito de transmissão dos seus jogos na Série B.

O departamento de marketing da agremiação vem mantendo seguidas reuniões para tentar solucionar o impasse entre as duas fabricantes de cerveja e assim se juntar aos 34 clubes que já fazem parte do movimento criado em janeiro pela Ambev e que hoje reúne 34 times e um universo de 645 mil sócios-torcedores pelo país.

Para garantir a exclusividade da venda da cerveja Devassa e a visibilidade sobre a marca nas placas estáticas da Arena Condá, a Brasil Kirin não abre mão de manter a parceria com a Chapecoense. Hoje, a empresa faz um aporte modestíssimo (R$ 45 mil por mês) para garantir esse direito.  A Ambev, por sua vez, vem assediando o clube catarinense para que abra os portões da Arena Condá para a exposição de uma de suas marcas (Brahma). Procurada, a cervejaria, por intermédio de sua assessoria, resumiu que o acerto com o clube de Santa Catarina não ocorreu porque a agremiação mantém contrato com outra empresa. 

A disputa entre as cervejarias parece distante de uma solução, embora o canal de negociação entre o clube e as empresas continue aberto, segundo revela o diretor de marketing da Chapecoense, Andrei Copetti.

- Nós teremos uma reunião com os representantes das empresas ainda esta semana. Queremos integrar o movimento. Será importante para o clube - afirmou Copetti, que acredita numa solução salomônica.

A menos de 20 dias do fim da temporada de 2013, os dirigentes da Chapecoense crêem que com o acesso à Série A garantido e o consequente aumento da exposição de mídia no ano que vem, o clube poderá negociar melhores contratos. A cota máster da camisa da Chapecoense, porém, está garantida à Caixa Econômica e ao frigorífico Aurora. Responsável pelo maior repasse feito à agremiação, o banco estatal passou a integrar o portfólio do clube catarinense no primeiro semestre deste ano, logo após a Chapecoense obter as Certidões Negativas de Débito (CNDs).

A ascensão do clube à elite do futebol brasileiro já proporcionou a renovação de um importante contrato. A Chapecoense acaba de acertar a prorrogação do acordo com a Umbro por mais duas temporadas (2014 e 2015). A marca alemã fornece o uniforme da agremiação há pelo menos três anos. Pelo novo acordo, a Umbro, além de aumentar a quantidade de material esportivo fornecida ao clube e às lojas, se verá obrigada também a fazer um aporte regular durante as próximas duas temporadas.

Andrei Copetti comemora o aumento da exposição da agremiação, mas reconhece que a responsabilidade da diretoria será ainda maior com o clube na Série A.

- Estamos felizes com a passagem à Série A, mas ao mesmo tempo sabemos que a nossa missão está só começando - resumiu ele, lembrando que a visibilidade proporcionada pela boa campanha do time este ano levou o clube a ter que suspender o registro de novos sócios-torcedores por conta das limitações de espaço da Arena Condá, o estádio municipal onde a Chapecoense manda seus jogos.

Há de 1 mês e meio, a diretoria do clube catarinense resolveu suspender a adesão de novos sócios por questões de segurança na Arena Condá. A meta da agremiação este ano era de chegar a 8 mil associados, mas as boas atuações da equipe foram responsáveis por um boom e fizeram com que esse número ultrapassasse a marca dos 9 mil sócios. 

Em 2011, a Chapecoense tinha 1.200 sócios torcedores, com uma receita de R$ 40 mil por mês. Decorridos dois anos, o clube contabiliza hoje 9.200 associados, que proporcionam uma receita de R$ 400 mil por mês com o pagamento das mensalidades. A Prefeitura de Chapecó, lembra Copetti, será a responsável pela realização das obras de ampliação do estádio.  As intervenções começarão tão logo a temporada se encerre, cabendo ao clube a preservação do gramado. O projeto prevê a ampliação da capacidade da Arena Condá dos atuais dez mil espectadores para 22 mil pessoas.