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O custo/benefício das novas arenas do país

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As novas arenas “padrão Fifa” estrearam no Brasileirão 2013 com a promessa de modernizar o futebol.  Um recente estudo, batizado de  “Brasileirão e as novas Arenas”, realizado pelo consultor Alessandro Rodrigues Pinto a pedido do G-4 paulista - formado pelo São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos -, avalia a performance financeira das 33 primeiras rodadas da competição nacional.  O estudo considera como “novas arenas” os estádios Mané Garrincha, Maracanã, Mineirão, Arena Grêmio, Fonte Nova, Castelão e Arena Pernambuco.

As arenas “padrão Fifa” contabilizaram, em média, de acordo com o estudo, 20.653 torcedores por jogo, quase o dobro da média registrada nos estádios convencionais (11.693 espectadores). Os novos equipamentos construídos especialmente para a Copa do Mundo receberam 32% dos jogos do Brasileirão e foram responsáveis pela acomodação de 46% de todo o público presente em todos os estádios. As arenas recém construídas receberam um montante em dinheiro equivalente a 62% de toda a renda bruta do Brasileirão 2013. Vale lembrar que os ingressos para as novas arenas custaram, em média, duas vezes mais do que a média do campeonato: R$ 44 nos novos estádios, contra R$ 22 nos antigos estádios.

No total, os 106 jogos disputados nas novas arenas receberam um público superior a 2 milhões de torcedores, proporcionando uma receita bruta de R$ 96 milhões e uma renda líquida de R$ 57 milhões. O estudo observa ainda que a diferença na forma de gerir os novos equipamentos refletiu no resultado financeiro de cada estádio avaliado.

As novas arenas

O Mineirão foi o estádio mais rentável do período, registrando as maiores rendas líquidas em quatro dos cinco jogos mais rentáveis do campeonato. Com a segunda maior média de público ( 31.881 torcedores por jogo), o Mineirão também obteve o melhor resultado financeiro entre as arenas analisadas. O estádio de Belo Horizonte amealhou uma renda bruta de R$ 23.877.828, com uma receita líquida de R$ 18.965.514. O Maracanã, por exemplo, teve quase a mesma renda bruta, amargando, porém, uma renda líquida inferior (R$ 11.391.500).

Apesar de ter o maior público total e o maior número de jogos sediados entre as novas arenas, o novo Maracanã se mostrou pouco rentável. A média de público do estádio é pequena – com 18.865 pessoas por jogo, apenas a quinta entre as sete arenas –, enquanto a sua renda líquida em 34 jogos foi um poucosuperior  à renda do estádio Mané Garrincha, por exemplo, e que recebeu nove jogos. Contrariando a expectativa, o estádio construído em Brasília também é responsável por três dos cinco jogos com maior renda bruta do campeonato.

Somente o jogo entre Flamengo e Santos representou divisas brutas de R$ 6.948.710. Isso em parte pode ser explicado pelo preço médio do ingresso, o mais alto entre as novas arenas, aliado à alta renda per capita da cidade.

A arena Grêmio destacou-se pelo seu baixo custo operacional: a despesa média do equipamento representa menos do que 20% de sua receita, o que proporcionou uma renda líquida, de R$ 8.344.359, valor considerado muito próximo da renda global, de R$ 10.293.148.

O destaque negativo entre os novos estádios é a Fonte Nova, em Salvador. A arena recebeu18 jogos, e sete deles tiveram renda líquida negativa. Destes, cinco foram considerados os jogos de pior renda líquida entre as arenas. Com isso, a Fonte Nova foi considerada a mais cara da nova geração de estádios: os R$ 10.060.630 arrecadados proporcionaram uma renda líquida de R$ 3.138.780, valor rateado entre o Bahia e a empresa que administra a arena.