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Um ano após tragédia na Arena do Timão, sete pessoas são indiciadas

Sueliton, do Atlético-PR (Foto: Wagner Meier/LANCE!Press)
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A queda do guindaste na Arena Corinthians, que resultou na morte de dois operários, completa um ano nesta quinta-feira, 27 de novembro. Após 365 dias, a Justiça ainda não abriu processo contra quaisquer supostos responsáveis pelo acidente. Segundo o delegado Luiz Antônio da Cruz, responsável pelas investigações do desastre, sete pessoas foram indiciadas por autoria no caso.

No último mês de outubro, Luiz Antônio concluiu e encaminhou o inquérito para o Fórum. Após analisar laudos e demais provas, o delegado não encontrou indícios criminais, mas viu sua investigação resultar na autoria e consequente indiciamento de cinco funcionários (entre eles, dois engenheiros) da Odebrecht, construtora responsável pela Arena Corinthians, e outras duas pessoas ligadas à Locar, empresa responsável pelo guindaste que desabou.

O inquérito, embasado no artigo 256 (acidente com desabamento de objeto) - combinado com os artigos 258 (caso resulta em lesão corporal ou morte) e 29 (mais de um indiciado) - do Código Penal Brasileiro, está sob análise da promotoria. Segundo apuração do LANCE!NET, ao menos duas das sete pessoas indiciadas serão denunciadas pelo promotor responsável pelo caso.

O ACIDENTE

No dia 27 de novembro do ano passado, um dos guindastes utilizados para a colocação da última peça metálica da cobertura do prédio norte da Arena Corinthians não suportou o peso do objeto, deixando a peça cair sobre o painel de LED que fica localizado na entrada principal do estádio.

O guindaste, por sua vez, caiu sobre um dos caminhões que estavam próximos do local, numa área de convivência dos operários – atualmente entrada dos torcedores. Colegas contaram que o operador de guindaste Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, e o montador Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44 anos, tiravam um cochilo depois do almoço no momento em que foram atingidos pela peça e pelo guindaste.

Apesar dos esforços dos médicos e paramédicos, os dois operários não suportaram aos ferimentos e morreram.

OUTRA MORTE

No dia 23 de março de 2014, o operário Fábio Hamilton da Cruz morreu depois de cair das arquibancadas provisórias do Setor Sul da Arena Corinthians. Luiz Antônio, também responsável por este caso, já enviou o inquérito para o Fórum. Neste acidente, no entanto, as investigações não apontaram para indícios criminais nem autorais. Assim, o único responsável pela queda teria sido, segundo o delegado, o próprio operário.