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‘100% são-paulino’, Marcelinho Paraíba relembra ‘jogo da vida’ contra a Ponte

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Naquele 21 de novembro de 1999, Marcelo dos Santos entrou no Morumbi conhecido apenas como Marcelinho e com o singelo desejo de homenagear o estado em que nasceu. Ele nem imaginava que os três gols contra a Ponte Preta, nas quartas de final do Brasileirão, mudariam sua vida. Nascia ali Marcelinho Paraíba.

– Todo mundo me chamava de Marcelinho. Depois que levantei a camisa, que tinha escrito “100% Paraíba”, foi que passaram a me chamar de Marcelinho Paraíba – relembrou o ex-meia do São Paulo, da Seleção, e recém-saído do Boa Esporte, de Minas Gerais, em entrevista ao LANCE!Net.

Não foi para menos. Marcelinho, nascido em Campina Grande, foi um herói naquele jogo. O Tricolor desceu para o vestiário perdendo por 2 a 0. Era a primeira partida do mata-mata decidido em três jogos e um revés daquele seria fatal. Dona de melhor campanha na primeira fase, a Ponte, como agora, decidiria em casa. Mas Marcelinho entrou em cena. Ou melhor, a Paraíba toda.

– Foi o jogo mais importante da minha carreira, da minha vida. Marcou muito por eu ter mostrado a camisa. Fiquei mais famoso, conhecido e até hoje levo esse nome – conta o paraibano, orgulhoso do feito.

Na época, Marcelinho contagiou o Morumbi e deu vantagem ao time sem ser punido com a comemoração dos gols, com o gesto que atualmente rende cartão amarelo aos atletas - recentemente, Hulk, seu conterrâneo, repetiu a homenagem após marcar um gol pela Seleção em amistoso contra a China, disputado em Pernambuco.

O São Paulo perdeu o segundo jogo em Campinas, por 2 a 1, mas fez 3 a 2 na derradeira e se classificou para as semifinais. Foi eliminado pelo Corinthians. Mas ficou na memória de Marcelinho, que vai torcer hoje.

– Torço sempre para o São Paulo. Meu filho também é são-paulino doente. Sou 100% são-paulino e estarei na torcida novamente.

Inspiração não falta para o São Paulo no duelo pela Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira à noite.

Confira um bate-bola com Marcelinho Paraíba

Como surgiu a ideia de homenagear seu estado?
Estava na concentração. Hoje não mais, mas naquele tempo muita gente tinha vergonha de falar que era da Paraíba, do Nordeste. Eu queria homenagear e pensei que era uma boa oportunidade, por ser jogo decisivo. Estava confiante que faria gol e aí todo mundo poderia ver a camisa.

Imaginava que poderia fazer três gols no jogo?
Nenhum jogador imagina. Eu esperava marcar um, mas naquele dia estava iluminado. Foi bom porque a camisa apareceu muito.

O que lembra daqueles jogos?
A Ponte tinha um grande time e o São Paulo, um dos melhores que joguei. Marcou muito para mim.

PARAÍBA DEIXA O BOA ESPORTE E PROJETA APOSENTADORIA NO CAMPINENSE-PB

Marcelinho Paraíba se desligou ontem do Boa, pelo qual disputou a Série B do Brasileiro, e agora está no mercado. Ele explicou a decisão de rescindir o contrato, que terminaria no fim do ano.

– A equipe já não tem mais chances de acesso então, em conversa com a diretoria, decidi antecipar as férias. Agora, vou analisar propostas – afirmou o meia.

Ele está com 38 anos e já definiu seus planos até encerrar a carreira. Pretende jogar mais duas temporadas até se aposentar no Campinense-PB, tradicional clube de Campina Grande, sua cidade natal, onde foi revelado no início da década de 1990.

– Saí muito jovem de lá e espero fechar essa história defendendo as cores do clube para o qual torço na Paraíba – afirmou.

Marcelinho chegou ao São Paulo no fim da década de 90 e conquistou o Paulistão de 2000. Em 2010, voltou para uma segunda passagem, mas não teve sucesso.