TIM 4G: Telê Santana, o Fio da Esperança tricolor

Como jogador, foi ídolo do Fluminense; como técnico, esbanjou prestígio

Telê Santana - Fluminense
(Foto: Reprodução)

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Jogador com preocupação tática, Telê Santana da Silva - nascido em Itabirito (MG), em 26 de julho de 1931 - foi um dos primeiros a se deslocar da ponta para auxiliar a marcação no meio. Grande ídolo do Fluminense, era chamado de "O Fio da Esperança", por ser magro e decidir as partidas mais difíceis. Foi um dos maiores jogadores e treinadores da história do Brasil e um autêntico craque TIM 4G do passado e um dos homenageados pela TIM, patrocinadora dos quatro grandes clubes cariocas.

Telê começou a jogar futebol no Itabirense (MG), em 1945, como goleiro, depois passou pelo América Recreativo de São João Del Rey, cujo presidente era o pai. Quando tinha idade de juvenil, foi para o Fluminense, onde atuou durante 12 anos e foi uma das peças importantes para a conquista do Campeonato Carioca de 1951. Nas Laranjeiras, jogou até como centroavante em 557 oportunidades, marcando 162 gols. Atuou ainda por Guarani, Madureira e Vasco.

Ainda jovem, foi para o banco de reservas, onde viraria um dos mais bem-sucedidos técnicos do país. Começou a nova carreira em 1967, nas categorias de base do Flu, e, dois anos depois, assumiu os profissionais, sagrando-se campeão carioca. Com fama de disciplinador e turrão, conquistou títulos importantes no Atlético-MG - onde também é ídolo - e no Grêmio. No Galo, foi campeão estadual em 1970 e deu ao clube mineiro o primeiro e único título de campeão brasileiro da sua história, em 1971. Conquistou ainda o Mineiro de 1986. No Grêmio, Telê foi campeão gaúcho (1977).

Telê não conquistou uma Copa do Mundo, mas montou a melhor Seleção desde o título de 1970, no Mundial da Espanha, em 1982. Dirigiu a Seleção também em 1986, sendo eliminado nos pênaltis, para a França. Amargou a alcunha de "pé-frio", nos bastidores.

Depois do fracasso em 1982, seguiu para Arábia Saudita, colecionando títulos no Ali Ahli - levantou as taças do Campeonato Árabe, da Copa do Rei e da Copa do Golfo. De volta ao Brasil, após a eliminação no Mundial de 1986, no México, conquistou títulos importante no Galo, dando a volta por cima e enterrando o apelido de pé-frio.

Mas, foi na década de 1990, no São Paulo, que Telê conquistou títulos com um futebol-arte que encantou torcedores e crítica. Com o "mestre", o Tricolor ganhou de tudo: dois Paulistas (1991/1992), um Brasileiro (1991), uma Supercopa da Libertadores (1993), uma Recopa (1993/1994), duas Libertadores (1992/1993) e dois Mundiais Interclubes (1992/1993).

Telê nunca escondeu ser uma pessoa supersticiosa. Fizesse sol ou chuva, estava sempre em campo com a tradicional camisa vermelha, até desbotada, depois de tantos títulos que conquistou com a camisa tricolor.

Porém, o velho mestre, que se alojou no CT do São Paulo, não apenas ganhou títulos. Também formou craques. Por exemplo, ensinou Cafu a cruzar, foi o responsável pela explosão de Raí e, mesmo com os mais limitados tecnicamente, Telê mostrou que era possível jogar sem dar apenas chutões.

Em 1996, com isquemia cerebral, deixou o clube. Pouco depois, chegou a assinar com o Palmeiras, mas não assumiu. Precisou cuidar da saúde. Deixou o futebol para não mais voltar, para a tristeza dos amantes do esporte.

Telê morreu na manhã de 21 de abril de 2006, em Belo Horizonte (MG), aos 74 anos, devido a uma falência múltipla dos órgãos.

Patrocinadora de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, a TIM homenageou em 2017 jogadores do passado dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, que, de forma geral, apresentaram os atributos “G” (Garra, Gênio, Gigante, Grandeza) quando atuavam (este acima foi o último do ano). Periodicamente, contamos um pouco da história destes craques e o motivo deles terem sido escolhidos. Afinal, os quatro maiores times cariocas merecem a maior cobertura 4G do Rio e as melhores histórias para serem compartilhadas.

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