Para muita gente, os amistosos da Seleção contra Coreia do Sul e Japão não valem nada, são mero “caça-níqueis". Ledo engano. No estágio que se encontra o seu trabalho, essas partidas são muito importantes para Carlo Ancelotti e para o grupo de jogadores convocados. Aliás, talvez na hora daquela oração motivacional antes dos jogos, não estranhem se alguém gritar: "Hala Brasil!"

Brinco com o grito de guerra do Real Madrid pois pela primeira vez, desde 28 de maio de 2022, teremos o quinteto Militão, Casemiro, Rodrygo, Vini Júnior e Ancelotti juntos. Naquela ocasião, os Blancos ganharam do Liverpool fora de casa por 1 a 0, com grande partida de Vinicius Júnior, que marcou o gol da vitória. Foi a última vez que esses cinco caras estiveram juntos no mesmo jogo pela mesma equipe.

Eles podem jogar juntos?

Naquela época, Ancelotti entendia que Vini e Rodrygo disputavam a mesma posição. Um era o reserva do outro e vice-versa. De fato, nesta derradeira partida dos cinco juntos, Rodrygo entrou nos acréscimos do segundo tempo, justo no lugar de Vinícius. Casualmente, na sequência desse jogo veio uma Data Fifa, e os quatro brasileiros do Madrid foram convocados por Tite para jogar contra...Coreia do Sul e Japão! Coincidência?

Hoje já há o entendimento que ambos devem jogar juntos. Pelo menos, nesses dois amistosos. Com a tendência de montar o time no 4-3-3, Ancelotti deve usar Rodrygo pela direita e Vini Júnior pela esquerda, com Matheus Cunha de centroavante. Escrevo essa coluna poucas horas antes do jogo contra a Coreia, mas tudo leva para essa escalação.

Excelentes opções para a Copa

Outra falácia que não casa com esta Seleção é aquela de que “a geração é fraca”. Temos excelentes jogadores que, com uma boa direção tática e com foco e concentração, pode se tornar em um time forte, competitivo e que chegue na Copa correspondendo ao favoritismo natural que o Brasil sempre tem em mundiais.

Ancelotti não terá para esses amistosos, mas na Copa ele poderá escolher entre Raphinha e Rodrygo, entre Vini Júnior e Estêvão, entre Matheus Cunha e João Pedro. E outras escolhas mais do sistema ofensivo (isso que nem citei Neymar). Não sei se no Mundial se poderá gritar Hala, Brasil!, mas se tem alguém que conhece muito bem esses quatro grandes jogadores atuando juntos, é o mister Carlo, com certeza.

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Gustavo Fogaça escreve sua coluna no Lance! nas noites de segunda e quinta-feira. Leia outras publicações do colunista nos links abaixo:

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