O Brasil fez nesta sexta-feira (10), diante da Coreia do Sul, a melhor das cinco partidas até aqui da Era Ancelotti. Pode-se colocar "poréns" sobre a goleada por 5 a 0 com o argumento de que o futebol coreano é apenas de médio escalão — ele ocupa a 23ª posição no ranking da Fifa —, mas é melhor do que Paraguai, Chile e Bolívia, adversários que, somados, a Seleção de Ancelotti marcara menos gols do que em Seul.
➡️Estêvão e Rodrygo decidem, e Brasil atropela a Coreia do Sul em amistoso
Estêvão, Rodrygo e Vini Jr. estampam as fotos nos portais do mundo todo por terem sido os artilheiros do dia, mas como bem destacou Carlo Ancelotti na entrevista que se seguiu à Coreia do Sul x Brasil, os destaques ofensivos só foram possíveis pelo bom jogo coletivo da Seleção. E, desde que o técnico italiano chegou, quem controla esse coletivo são dois volantes: Casemiro e Bruno Guimarães.
A dupla tem papel fundamental no meio campo. São bons marcadores e ótimos no combate, características essenciais para dar proteção ao setor defensivo. Mas Casemiro e Bruno Guimarães também conseguem desempenhar um papel de desequilíbrio no futebol moderno: se aproximam da área adversária, dificultando a saída de jogo do oponente e ajudando nas assistências.
Não por acaso, foi de Bruno Guimarães o passe para o primeiro gol do Brasil sobre a Coreia do Sul, marcado por Estêvão, e de Casemiro para o segundo, em finalização de Rodrygo.
Seja qual for o adversário, Ancelotti já sabe quem serão os volantes do Brasil
Claro que a postura do adversário e as situações de jogo precisam fazer parte do contexto da atuação dos volantes. Carlo Ancelotti declarou que a abertura de placar logo cedo nesta sexta-feira foi preponderante para a goleada, já que a Coreia do Sul se propôs a vir fechada diante do Brasil, e precisou se abrir. Além disso, é certo — ou, pelo menos, improvável — que Ancelotti não irá escalar quatro atacantes quando o oponente for a França, a Argentina ou a Espanha.
Mas mesmo nesses casos, os volantes Casemiro e Bruno Guimarães serão figuras centrais (com o perdão do trocadilho) do Brasil. Serão eles que irão ditar o ritmo do meio-campo e orientar o coletivo.
Ainda faltam seis meses para a Copa do Mundo, mas não é cedo para dizer que Ancelotti já tem definidos dois dos 11 titulares da estreia no Mundial.