Carlo Ancelotti anunciou nessa segunda-feira (25) uma boa lista de convocados para os dois últimos jogos da Seleção Brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, diante de Chile e Bolívia. Há nove mudanças em relação à primeira convocação, e o treinador se apressou a explicar: as trocas não significam que os que ficaram de fora perderam a chance, mas sim que há um número limitado de convocados e ele quer conhecer outros atletas.
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Lista à parte, o ponto alto da entrevista coletiva de Carlo Ancelotti foi mostrar que a Seleção Brasileira parece enfim ter um técnico que não pisa em ovos na hora de responder às perguntas. Nos últimos anos, nos acostumamos a encarar entrevistas em que se falava muito, mas se dizia pouco. Ancelotti, que está aprendendo o português e já se expressa bem no idioma, fez nessa sexta exatamente o contrário: falou pouco, mas disse muito.
Além disso, a Seleção parece enfim estar voltando ao tempo em que se preocupa em chamar atletas em condições de jogar no mesmo dia se preciso for, e não dali a cinco ou dez dias.
Ancelotti: 'Se o jogador não está 100%, chamo outro'
Havíamos normalizado, por exemplo, que a equipe nacional tivesse entre seus convocados jogadores que no anúncio da lista estavam entregues aos departamentos médicos de seus clubes. O argumento era que a evolução do tratamento apontava para condições de jogo no dia que Seleção entrasse em campo.
Nessa segunda, porém, Ancelotti foi sucinto e direto ao explicar porque jogadores como Neymar e Rodrygo não foram convocados, para além da indiscutível qualidade técnica de ambos.
— Um critério muito importante que a comissão técnica considera é o aspecto físico. O jogador que joga na equipe nacional tem que estar com 100% da sua condição física — disse o treinador da Seleção Brasileira, para depois ser ainda mais incisivo:
— Isso é um critério muito importante para o jogador. Porque a competência, em qualquer posição, há muita. Há muita competência na lateral-direita, entre os zagueiros, meio-campistas e extremos. A competência é muito grande. E se o jogador não está 100%, posso, sem nenhum problema, chamar outro.
Restam três convocações e nove meses até conhecermos a lista definitiva para a Copa do Mundo de 2026. E o recado de Carlo Ancelotti já está dado.