O São Paulo volta para casa com um placar muito indigesto do Equador: 0 x 2 para a LDU no jogo de ida das quartas-de-final da Libertadores. Em sua história no torneio continental apenas uma vez o Tricolor
conseguiu se classificar depois de uma derrota dessas fora de casa: contra o Newells Old Boys em 1993. Mas aquele era o lendário time de Telê Santana.
A dor do torcedor são-paulino fica ainda maior pelo fato de que o placar não representou exatamente o que foi a partida e que os dois gols do time equatoriano saíram de falhas individuais grosseiras. No primeiro, Cédric não acompanhou Bryan Ramirez, que entrou na cara de Rafael para marcar. No segundo, já na parte final da partida, Ferraresi saiu jogando errado, passou mal a bola para Pablo Maia, que foi desarmado. Estrada aproveitou e ampliou. E para completar: o São Paulo levou os dois gols quando estava melhor em campo.
Crespo tentou levantar o ânimo do time e da torcida depois do jogo, dizendo que diante do que viu, confia na virada no Morumbis. E, de fato, não foi uma partida ruim do Tricolor coletivamente.
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Grande erro com Cedric
O treinador levou a campo um time mais protegido defensivamente. Em vez de Rodriguinho na armação, escalou Pablo Maia como volante, com Bobadilla e Marcos Antonio mais adiantados. Na frente, Luciano e
Rigoni. E apesar do gol sofrido, não foi um mau primeiro tempo. O maior problema foi a fragilidade ofensiva. A dupla de ataque incomodou pouco a defesa adversária e ainda foi incapaz de impedir que os zagueiros armassem o jogo, o que acabou acontecendo.
O maior pecado do treinador foi a escalação de Cedric, que teve problemas intestinais na altitude, mas ainda assim foi a campo. E errou tudo o que fez, inclusive falhando no primeiro gol.
Na volta para o segundo tempo o São Paulo foi melhor, teve chances para marcar e novamente Luciano falhou. Acabou sofrendo o segundo gol com erro de Ferraresi quando já havia feito alterações que melhoraram o time: as entradas de Mailton, Ferreirinha e Rodriguinho.
A montanha a ser escalada no Morumbis é muito alta e uma lição foi dada: a Libertadores não permite vacilos como os cometidos pelo São Paulo em Quito.
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Eduardo Tironi escreve sua coluna no Lance! às terças e sextas-feiras. Confira abaixo mais publicações do colunista:
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