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O melhor do dia 11: O Brasil precisava de um salvador. E ele veio da Bahia

Robson Conceição leva o ouro em dia de decepções. Isaquias, também baiano, é prata. Vôlei de quadra feminino, favorito e bicampeão, está fora

(Foto: Ari Ferreira/Lancepress!)
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Derrota no handebol. Queda no polo aquático. Eliminação no salto com vara. Término de um sonho no futebol. Zebra negativa na vela. E a inacreditável virada levada no vôlei. Faltam até sinônimos para descrever cada um dos maus resultados brasileiros nesta terça-feira. 

Mas teria de surgir um libertador, protetor, amparador. Todas palavras sinônimas de... Salvador. E ele chegou da cidade que tem exatamente este nome, ele chegou da Bahia. Robson Conceição: saiu da capital baiana para dominar o mundo no Rio. O primeiro ouro brasileiro na história do boxe.

No peso leve, até 60 kg, Robson bateu o francês Sofiane Oumiha por decisão unânime dos árbitros. Bateu, também, no sentimento de decepção do torcedor brasileiro com a série de derrotas do dia. Fez bater o coração de todos ao subir no topo do pódio com a medalha, com o hino nacional cantado por toda o ginásio.

Bahia, de novo
Na verdade, o dia começou com uma alegria para o brasileiro. Alegria típica do povo baiano. Na canoagem, Isaquias Queiroz fez o que muitos brasileiros não conseguiram no Rio: confirmou as expectativas colocadas sobre suas costas.

Na prova do C1 1.000 m, foi prata com tranquilidade, sem ser ameaçado durante toda a prova - e perdendo para o favorito alemão, campeão mundial. O garoto de 22 anos pôde fazer o coração com a mão ao segurar a medalha no pódio. Coração que surgiu na pequena Ubaitaba. Na grande Bahia. A salvadora do dia.

(Foto: AFP/JEFF PACHOUD)

Vôlei feminino, bicampeão, está fora
A Seleção abriu 1 set a 0 com tranquilidade: 25 a 15. A China havia passado em 4° na chave oposta. O Brasil não havia perdido um set sequer na fase inicial. Quando as asiáticas conseguiram uma vitória na segunda parcial, parecia apenas um "relaxamento" brasileiro. Não foi. 

A China venceu a terceira parcial e, na quarta, só perdeu levando virada no final. No tie-break, domínio completo, sem deixar o Brasil passar à frente. Erro de saque de Sheilla deu o match-point, e um ataque desviado no bloqueio brasileiro fechou a partida.

O Brasil de Zé Roberto, Thaísa, Sheilla, Nathália, Fabiana, Dani Lins e outras que fizeram história no vôlei olímpico não será tri em casa.

Kirill KUDRYAVTSEV / AFP

Vôlei de praia - duas finais
São duas finais para o Brasil no vôlei de praia. De dia, Alison e Bruno Schimidt bateram os holandeses Brouwer e Meeuwsen por 2 sets a 1 e se garantiram na decisão.

Já na madrugada, a surpresa: Ágatha e Bárbara fizeram partida impecável e derrotaram a tricampeã olímpica Walsh, que joga ao lado de Ross. Elas disputarão a decisão contra a dupla alemã, que eliminou Larissa e Talita também nesta terça. Quase a decisão foi brasileira, mas uma mealha já é certa!

Nos pênaltis
É difícil encontrar alguém que pense que as meninas da Seleção de futebol não mereciam, enfim, um ouro, um título, uma glória. Mas não deu. 

Contra a retranca sueca, 180 minutos sem gols. Nos pênaltis, a retranca seguiu: a goleira Lindahl pegou dois pênaltis, um de Cristiane, um de Andressinha. E o sonho de ouro foi adiado - ou até encerrado, para Formiga, provavelmente para Marta. Que jamais se esqueça, porém, que são gigantes.

Mais quedas
O handebol feminino, campeão mundial em 2013, queria encerrar um ciclo vitorioso, da melhor equipe já formada na modalidade no país, com o ouro, ou ao menos uma medalha, em casa. Mas não deu. O Brasil caiu para a Holanda nas quartas de final e passará por reformulação.  

Outra que caiu, mas não da altura desejada, foi Fabiana Murer. Ela sonhava em aterrissar no colchão caindo de altura suficiente para o ouro olímpico. Não conseguiu saltar nem para passar das eliminatórias - tentou três vezes 4,55 m, mas não passou.

N
o polo aquático, o Brasil não conseguiu passar da Croácia, campeã olímpica em 2012. Claro, o país não era favorito. Também alcançou a melhor campanha da história. Mas os triunfos sobre fortes times na primeira fase deixaram a sensação de que dava pra ir além.

Por fim, Robert Scheidt venceu a última bateria da classe Laser da vela. Mas não foi o suficiente nem para o bronze. Pela primeira vez em seis Jogos Olímpicos, Scheidt não ganha uma medalha. Triste, é claro - mas o importante é que as cinco anteriores não sejam esquecidas. 

110 m... Com barreiras!
O haitiano Jeffrey Julmis se classificou na última segunda para as semifinais dos 110 m com barreiras. Na primeira bateria das semis, se alinhou na raia 9. Ouviu o sinal e partiu. Mas parece te esquecido que a prova tinha... Obstáculos! Correu reto e não levantou a perna para pular a primeira barreira. Simplesmente bateu no objeto e caiu. Quando percebeu de qual prova participava, levantou e correu, mas chegou mais de 12 segundos depois dos concorrentes.

JEWEL SAMAD / AFP

Espírito olímpico
Nas eliminatórias dos 5.000 m, um cena marcante: a americana Abbey D'Agostino sofreu um queda. As participantes seguiram em frente. Menos uma: Nikki Hamblin, da Nova Zelândia, que parou para ajudar a rival - por mais que a palavra não mais se aplique a elas. Elas terminaram entre as quatro últimas, mas serão lembradas tanto quanto as primeiras.

Contradição
​Os nadadores americanos Ryan Lochte e James Feigen, que alegam ter sido assaltados no Rio de Janeiro na madrugada do último domingo, deram depoimentos contraditórios à Polícia Civil, criando dúvidas sobre o caso. Além disso, imagens de ambos mais outros dois nadadores chegando à Vila Olímpica na manhã do ocorrido vazaram - segundo a polícia, todos aparentavam calma incomum para a situação.

Brasileiro é desqualificado do hipismo
​O cavaleiro brasileiro Stephan Barcha, da equipe brasileira de saltos, foi desqualificado da competição pela organização após inspeção em seu cavalo, Landpeter do Feroleto, indicar que o cavaleiro machucou o animal ao usar a espora demasiadamente em seu dorso.