Senado aprova projeto que taxa apostas esportivas online; o que muda para o apostador?
Na proposta, empresas vão pagar 12% em impostos, não os 18% propostos anteriormente

Resenha de Apostas -
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou, na tarde desta quarta-feira (22), o projeto de lei que regulamenta as apostas esportivas online. Como mudança no texto original, agora as empresas do setor vão pagar 12% de impostos ao Governo e não os 18% aprovados previamente.
Próximos passos
Agora, o projeto vai para votação no plenário do Senado, mas ainda não há data definida para isso acontecer. Dentre os senadores, existem aqueles que querem retirar os cassinos online da regulamentação, já que eles não se enquadram em esportes. A Comissão do Esporte e o Ministério da Fazenda também participaram da supervisão do projeto.
O que muda para o apostador?
Em relação ao texto original, pouca coisa, além da tributação, muda. O projeto estabeleceu os impostos sobre os prêmios, estipulando as regras para a publicidade do setor, seguindo conceitos do CONAR.
Em relação aos prêmios, cerca de 15% serão tributados para o Governo Federal. Antes, a taxa seria maior. Veja mais detalhes da regulamentação das apostas esportivas no Brasil!
Distribuição dos impostos
10% para a seguridade social, 0,82% para a educação básica, 2,55% para o Fundo Nacional de Segurança Pública, 1,63% para os clubes e atletas e 3% para o Ministério dos Esportes. Em relação ao prêmio, o apostador será tributado em 15% do Imposto de Renda. Todos os prêmios até R$ 2.112,00 serão isentos.
Com a regulamentação, o Governo Federal deve arrecadar mais de R$ 3 bilhões por ano. Após o recesso do Congresso, a ideia é de que a MP evolua e se torne um Projeto de Lei. A MP criou cargos para a nova Secretaria de Apostas e Loterias no Ministério da Fazenda, o que indica a proximidade da regulamentação.
Atuação das empresas nas apostas esportivas
De acordo com o texto, as empresas que não são do Brasil poderão atuar, mas vão precisar, especificamente, de uma sede no país. Para entrar neste mercado, as empresas terão que se manifestar com pelo menos 30 dias de antecedência e desembolsar R$30 milhões.
Benefícios
Aguardada desde 2018, a regulamentação, além de gerar renda em impostos, deve criar novos postos de emprego, tornar o ato de apostar mais seguro e prevenir golpes e problemas como manipulação de resultados.
As casas de apostas que quiserem atuar no Brasil, inclusive, vão precisar estar, obrigatoriamente, registradas no Brasil para poder operar. Após a aprovação do Projeto de Lei, as casas terão 180 dias para concluir o credenciamento necessário.
O compromisso com o Jogo Responsável e o combate ao vício também serão pontos principais no estabelecimento do mercado de apostas no país, assim como um sistema de monitoramento para impedir qualquer tipo de manipulação, seja em jogos ou até mesmo dentro dos sistemas.
Quem não pode apostar?
De acordo com a MP, ficam proibidos de apostar os menores de 18 anos, pessoas com acesso aos sistemas de loterias, pessoas que possam ter influências nos jogos, inscritos nos cadastros nacionais de proteção de crédito e os agentes públicos que atuem com fiscalização fiscal, além de jogadores e dirigentes de futebol.
