PASADENA (EUA) - O Botafogo perdeu para o Atlético de Madrid pelo placar de 1 a 0 nesta sexta-feira (23), no Rose Bowl, mas confirmou a classificação para o mata-mata do Mundial de Clubes da Fifa como segundo colocado do Grupo B. A equipe tinha a liderança até os 42 do segundo tempo, mas Griezmann marcou e colocou o PSG na liderança.
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Após a partida em Pasadena, em Los Angeles, nos Estados Unidos, o técnico Renato Paiva destacou a grandeza da campanha na chave e valorizou o futebol brasileiro. O português exaltou seus comandados durante entrevista coletiva.
- O Brasil é um país imenso, com um futebol muito especial, com muitos bons jogadores. Produz jogadores talentosos para o mundo, tem excelentes técnicos. Até mesmo os técnicos estrangeiros que vão para o Brasil são bons. Estamos ajudando a mostrar o que é o Brasil. Muitos acham que o Brasil é mais fraco do que é, na verdade. Temos um campeonato muito difícil e temos muito orgulho de representar o Brasil - disse Renato Paiva.
Paiva relembrou a dificuldade do duelo com os espanhóis e como a participação do Botafogo no Mundial era tratada antes da estreia. O treinador, muito criticado em outrora, mandou recado aos torcedores com sentimento de orgulho.
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- Atlético de Madrid é um elenco fortíssimo, equipe top da Europa e acaba por não ser o jogo que queríamos em termos de resultados. Fica a classificação. E agora vou ser incisivo e irônico: se o Renato Paiva tivesse dito no Brasil que passaríamos por esse grupo, ele seria esculachado à quinta da casa por todo mundo. Mas fizemos o que ninguém estava esperando e temos que valorizar isso para o torcedor do Botafogo, que tem que estar orgulhoso desse grupo e do futebol brasileiro também.
Com a classificação como segundo do Grupo B, o Botafogo irá enfrentar no próximo sábado (28), às 13h (de Brasília), na Filadélfia, o primeiro colocado do Grupo A. A última rodada tem Palmeiras x Inter Miami e Porto x Al Ahly.
Veja outras respostas de Renato Paiva:
Análise
- Sabíamos que jogaríamos contra uma grande equipe. Não nos defendemos tão bem, não por causa do gol que sofremos, mas às vezes avançávamos cedo demais, muito próximo da nossa área, mais do que eu queria, na verdade. O tempo passa, e o resultado entra na cabeça, isso influencia a forma como jogam. Quero ter mais posse de bola, especialmente nos momentos de transição, decidir melhor. O Savarino teve a primeira oportunidade. Passamos, mas não foi um jogo tão bom.
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Campanha no Grupo B
- Quando saiu o sorteio e quando saímos do Brasil, para todo o mundo (o pensamento) era de que teríamos 10% de possibilidade de classificação. Alguns porque não conhecem o futebol brasileiro, outros porque não conhecem o Botafogo. Nosso papel era fazer o contrário, o que fizemos. Hoje, fizemos um primeiro tempo muito bom, gerenciamos a bola como eu queria quando tínhamos a posse. Não deixamos o Atlético gerar muitas oportunidades, não me lembro de que o John tenha feito alguma defesa na primeira parte. Depois, a primeira oportunidade era nossa, se o Savarino fizesse esse gol o jogo mudaria.
Vestiário após derrota para o Atlético de Madrid
Não está o ambiente pesado, mas não está o ambiente igual de quando ganhamos do PSG ou quando ganhamos algum jogo. De fato, mostra muito bem as características e personalidade deste grupo. Querem ganhar e vão lá para dentro para ganhar, independentemente das estratégias.