Zagueiro do Flamengo, Léo Ortiz está com a confiança em dia para enfrentar o Bayern de Munique pelo Mundial de Clubes no próximo domingo (29). O camisa 3 exaltou a força do elenco do Rubro-Negro e o nível apresentado pela equipe desde a chegada do técnico Filipe Luís como fatores importantes no duelo das oitavas de final do torneio da Fifa.
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— Estou confiante, não só no que eu venho fazendo, mas no que o grupo vem construindo. Não agora, mas desde, principalmente, a chegada do Filipe, tudo que a gente vem construindo, o nível de equipe que a gente vem construindo dentro e fora de campo. A gente tem um grupo de vinte e poucos titulares, que seriam titulares na maioria das equipes do Brasil e da América do Sul, com certeza. E, com certeza, titulares em muitas equipes da Europa. Então, é um nível de equipe muito grande, estou muito confiante porque, independente de quem for jogar, quem forem os onze, vão estar prontos para dar conta do recado e conseguir a classificação para a gente — declarou Ortiz em entrevista à "Flamengo TV".
A defesa do Fla terá de lidar com um dos atacantes de maior destaque no futebol europeu: Harry Kane. O inglês soma 39 gols e 12 assistências na temporada e terminou o Campeonato Alemão como artilheiro, com 26 bolas nas redes. Apesar disso, Léo Ortiz acredita estar no melhor momento da carreira para desafiar o centroavante bávaro e exalta a oportunidade de disputar o Mundial.
— É o momento que eu me sinto mais preparado para isso (marcar Kane). Todo esse momento que a gente, não só eu, mas que o Flamengo vem vivendo, de disputar esse primeiro Mundial de Clubes nesse formato, que está sendo uma experiência muito incrível para quem está aqui, para quem está podendo vivenciar. Toda a estrutura que está envolvida nos jogos, durante os dias. Estou muito empolgado para isso, para esse tipo de momento. Foi um dos motivos também, até estava comentando esses dias, que no momento das negociações que para vir para cá, foi um ponto que a gente tocou, a possibilidade de disputar o Mundial de Clubes pelo Flamengo. E agora estou aqui, tendo a oportunidade de jogar uma oitava de final contra o Bayern com a camisa do Flamengo. Então, é um sonho que eu estou realizando, e espero que esse sonho possa durar até a final — disse o zagueiro.
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Diferenças entre Bayern e Chelsea
Questionado sobre a diferença de nível entre Bayern, adversário do Fla no próximo domingo (29), e Chelsea, superado por 3 a 1 pelo Rubro-Negro na fase de grupos, Léo vê os alemães um pouco acima, mas diz que a distância é pequena.
— Acho que são times que estão muito próximos. Acho que o Chelsea, na última temporada, por resultados talvez não tenha sido o que eles jogam dentro de campo. É um time com uma qualidade muito grande, mas talvez por estar num processo de maturação dos jovens que tem ali. É um time muito mais jovem do Bayern, que é muito mais experiente — analisou.
— Talvez seja um nível um pouquinho acima, pelo momento que vive o Bayern. O atual campeão alemão, voltou depois de perder ano passado, e tem jogadores de notoriedade maior, que já estão mais firmados, como o Kane, como o Kimmich, que são jogadores de Copa do Mundo. Então, acho que é um nível um pouco acima, até por ser um mata-mata, um outro espírito, de mais decisão. Acredito que vai ser um grande confronto — completou.
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Léo Ortiz comentou também sobre experiência de enfrentar grandes equipes da Europa e comparou os jogos com jogos contra times do Brasil e América do Sul. Segundo o jogador, a principal diferença é o baixo número de erros cometidos pelos europeus.
— Eu vejo muita diferença nos jogos, e para mim está sendo uma experiência nova também, porque eu não joguei na Europa, então estou tendo essa experiência nova. E, para mim, até algumas coisas que conversei até com o Rodrigo Caio durante o jogo do Chelsea e depois, vendo os outros brasileiros enfrentar os europeus, é que é um jogo deles de muita assertividade. É um jogo de pouco erro, tanto de passe, de domínio, das ações técnicas, de muito pouco erro — avaliou o defensor rubro-negro
— Então, para que a gente iguale, é lógico que a gente tem que ter, dentro do nosso modelo de jogo, dentro da nossa parte tática, ter uma boa leitura dentro de campo, mas também fazer um jogo de erro zero. Às vezes, um pequeno erro resulta num gol. Eu lembro até, no jogo do Chelsea, logo no começo do jogo, a gente acabou não fechando o meio para um passe no começo do jogo e eles pararam quase dentro do nosso gol. São esses detalhezinhos, se você erra uma fechada no meio, erra um passe, erra um domínio, a pressão já vem, e fica muito mais difícil jogar. Então, acho que é quase um jogo perfeito que você tem que fazer para que possa ganhar desses times — completou.
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O zagueiro do Flamengo diz que a equipe conquistou o respeito da Europa após a vitória contra o Chelsea, perguntado sobre os elogios da imprensa alemã ao Rubro-Negro. Ele acredita, ainda, que o Velho Continente está aprendendo que o futebol brasileiro evoluiu taticamente nos últimos anos.
— Eu acho que sim, até pela maneira como a gente vem jogando. Porque muitas das vezes, na maioria dos confrontos de antigamente, nos últimos anos, nos Mundiais, eram de times que vinham mais se defendendo, mais se preocupando em defender primeiro, do que também jogar contra os times europeus. Então, eu acho que esse campeonato vem mostrando que, taticamente, o Brasil evoluiu muito e está fazendo muitas coisas que se faz lá fora também, e que tem muita qualidade — afirmou
— Outros treinadores europeus, como o Guardiola, o Luis Enrique, falaram muito da qualidade técnica dos jogadores brasileiros, sul-americanos, no geral. Mas eu acho que o Brasil evoluiu na parte tática, na maneira como os times não só se defendem, mas atacam também. Isso vem chamando atenção de fora. Eles talvez não acompanhem tanto o nosso campeonato, então não tinham ideia de como evoluiu. Agora, nessa competição, onde estão tendo mais jogos seguidos que eles possam acompanhar, está se criando um respeito maior, não só pelo Flamengo, mas pelo que os clubes brasileiros vêm fazendo aqui no torneio — finalizou.
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