Um acidente no quilômetro 20 da 17ª etapa da Volta da França – de montanha, entre La Mure e Serre Chevalier, de 183km – envolvendo vários ciclistas acabou tirando da prova o maior vencedor de etapas desta edição da competição mais importante do ciclismo. Marcel Kittel levou um tombo, ficou machucado, precisou trocar a sapatilha e demorou para retornar para a prova.
Como se tratava de etapa de montanha – que não é a sua especialidade –, as dores estavam fortes e tudo indicava que o melhor velocista da atualidade ficaria muito atrás e não atingiria o tempo mínimo para a chegada, Kittel abandonou a prova. Com isso, o alemão perderá a camisa verde (que equivale ao vencedor por pontos) para Michael Matthews, australiano da equipe Sunweb.
Kittel é mais um sprinter de ponta que deixa a prova. Primeiro foi o espanhol Alejandro Valverde. Depois, o theco Peter Sagan e o britânico Mark Cavendish. O primeiro foi eliminado por ter sido considerado culpado pelo acidente que tirou o segundo na reta final da etapa três.
Sem os três, Kittel teve facilidade para vencer cinco etapas e tudo indicava que ganharia pelo menos mais duas (as 19 e 21). Porém, com a sua desistência, a camisa verde caiu no colo de Mathews. No momento, a diferença que já foi de 150 pontos, caiu para nove, 373 a 364. Mas como abandonou, o alemão já não aparece na classificação oficial.
A prova – que contou com a presença do presidente da França, Em-
manuel Macron, na chegada – foi vencida pelo esloveno Primoz Roglic
5h07min30, com muita vantagem: 1m15s de frente para o segundo colocado, Rigoberto Urán. Líder da camisa amarela, Chris Froome terminou em terceiro, com Romain Bardet em quarto.
Froome manteve a liderança, com Urán dividindo o segundo lugar com Romain Bardet, 27 segundos atrás do ponteiro. Fabio Aru, que já foi líder da volta e ocupava a vice-liderança, terminou em décimo e caiu para a quarta posição.
A etapa desta quinta-feira, a 18ª, é a última de montanha. Será entre as cidades de Briançon e Izoard, 179km. E decisiva. Caso Rigoberto Urán, Romain Bardet e Fabio Aru não vençam com ótima diferença para Chris Froome, o tetracampeonato (e tricampeonato seguido) para o britânico será quase certo. Afinal, ficarão faltando apenas duas etapas planas (onde todos chegarão com o mesmo tempo) e uma etapa contrrarrelógio, na qual Froome sempre consegue colocar muitos segundos de vantagem para seus concorrentes diretos.