A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta segunda-feira (26) mudanças no calendário do futebol feminino para o ciclo de 2026 a 2029. Entre os destaques estão o aumento de premiações e do investimento, que será de R$ 685 milhões.
No ano de 2025, a Copa do Brasil Feminina e o Brasileirão feminino tiveram as maiores premiações de sua história. Em 2026, os valores irão aumentar. Samir Xaud, presidente da CBF, enfatizou a importância do futebol feminino e garantiu a transmissão das competições, aumentando a valorização e visibilidade da modalidade.
— As mudanças apresentadas vão muito além do calendário, estamos aumentando as cotas e as premiações dos clubes de todas as competições, desde o sub-17 até a Supercopa. Queremos dar mais visibilidade às mulheres, por isso vamos garantir transmissão de 100% das partidas — disse ele.
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Premiações do futebol feminino
Confira as competições, os valores antigos e os valores que irão entrar em vigor no próximo ano:
- Supercopa: de 700 mil para 1 milhão (campeão) / 500 mil → 600 mil (vice)
- A1: de 360 mil (2025) para 720 mil (1ª fase)
- A1 campeão: 1,8M → 2M / vice: 800 mil → 1M
- Jogo de 1ª escolha com transmissão: +20 mil (27 jogos)
- A2: 150 mil → 360 mil
- A3: 36 mil → 120 mil
- Copa do Brasil por fase (exemplos):
- 1ª fase: 20 mil
- 8ª fase: 100 mil → 200 mil
- Campeão: 1 milhão / Vice: 500 mil
- Sub-20 e Sub-17: +10% nas cotas
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O novo calendário do futebol feminino
A Supercopa abre a temporada em 8 de fevereiro e terá definição de mando discutida com os clubes, com possibilidade de sorteio igualitário e proposta formal de realização em jogos de ida e volta. Pela primeira vez, os 18 clubes da Série A1 foram consultados sobre a data de início do calendário, que será baseado em domingo ou sábado.
O Brasileiro A1 segue com o formato atual, agora com 18 clubes, aumento do total de partidas para 167 e ampliação do número de datas. As rodadas seguirão preferencialmente aos domingos e quartas com eventuais desdobramentos. A competição mantém duas vagas diretas para a Libertadores e uma vaga para a Copa do Brasil.
Na Série A2, a mudança estrutural é maior. A competição passa a ter grupo único com turno único, espelhando o formato do A1. O número de partidas praticamente dobra e o campeonato terá 21 datas, com jogos aos sábados e quartas. A divisão concede quatro acessos ao A1 e passa a oferecer vaga direta para a Copa do Brasil. A Série A3 também muda, adotando turno e returno na primeira fase, aumentando partidas e datas disponíveis, mantendo quatro acessos à A2.
A Copa do Brasil Feminina foi reformulada e passa a contar com quartas, semifinais e final em dois jogos. A competição terá 66 clubes e seguirá escalonamento de acessos conforme divisão: A3 na primeira fase, A2 na segunda e A1 na terceira. Os confrontos e mandos seguirão definidos por sorteio.
As categorias de base também terão novidades, com finais em ida e volta nos campeonatos Sub-20, Sub-17, Sub-16 e Sub-14. A Liga Sub-16 e a Liga Sub-14 serão disputadas entre 23 e 29 de setembro e seguem oferecendo vaga para a La Fiesta Conmebol. Todas as equipes receberão ofícios oficiais para confirmar participação.
As premiações também foram reajustadas. A Supercopa terá aumento significativo nos valores para campeão e vice. O Brasileiro A1 passa a pagar 720 mil na primeira fase e eleva o prêmio máximo a 2 milhões para o campeão. A2 e A3 tiveram aumentos robustos nas cotas e a Copa do Brasil ampliou valores por fase e o prêmio final de 1 milhão ao campeão. As competições Sub-20 e Sub-17 tiveram reajuste de 10 por cento.
No campo das transmissões, a CBF confirmou que todas as partidas do Brasileiro A1, Copa do Brasil, Sub-20 e Sub-17 terão cobertura integral. As divisões A2 e A3 terão transmissão completa de quartas de final, semifinais e finais. As datas Fifa e competições internacionais seguem preservadas em todo o calendário.