O Vasco estreia no Carioca Feminino neste sábado (20), contra o Pérolas Negras. A bola rola às 10h, no Nivaldo Pereira (Artsul), com transmissão da VascoTV, no Youtube. Para conquistar a primeira vitória, o time conta com a artilheira Mavi.
Em conversa com o Lance!, Mavi contou sobre os amistosos realizados no período de preparação para o Estadual, com os reforços que chegaram e uma nova auxiliar técnica. No clube há dois anos, quer ganhar seu primeiro Carioca e acredita que o time está pronto para a disputa.
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Preparação do Vasco para o Carioca
Eliminado na primeira fase do Brasileirão A2, o último jogo do Vasco foi pela Copa do Brasil, em 6 de agosto, quando perdeu para o São Paulo. Com o calendário livre, a equipe voltou suas atenções para o Carioca Feminino, competição que encerra a temporada.
Durante o período, a preparação foi intensa, com amistosos realizados contra os rivais Flamengo, Fluminense e contra o Pérolas Negras, time de Piraí. Segundo a artilheira, os jogos foram importantes para que pudessem fazer ajustes e para que as novas jogadoras fossem integradas.
— Foi muito importante para a gente, porque a gente trabalhou bastante o que estava faltando, o que faltou mais para a gente no Brasileiro, a gente conseguiu melhorar a equipe. Também ajudou bastante no entrosamento, tanto que chegou meninas novas, e que isso é muito importante. E também nos trouxe a confiança para poder fazer o Campeonato Carioca.
Para ser campeão, é preciso vencer os clássico, principalmente nas fases finais, e o retrospecto recente do Vasco não é bom. O fato de os três rivais jogarem a A1 não intimida Mavi, que enxerga que em campo conseguem igualar as forças.
— É, eu vejo que o Vasco está em uma crescente enorme. Vejo que quando a gente está em campo contra esses outros times (Botafogo, Flamengo e Fluminense), a gente consegue igualar o nível técnico e o mesmo nível de futebol. Eu acho que isso é muito importante, até porque nos faz ganhar confiança.
Kelly, ex-Seleção, é auxiliar do Vasco Feminino
A ex-jogadora Kelly, que teve passagem pelo Vasco no início de sua carreira e também pela Seleção Brasileira, atualmente integra a comissão técnica vascaína. A ex-meio-campista era a treinadora do sub-17, mas foi promovida a auxiliar de Verônica Coutinho.
— A Kelly é uma profissional muito boa, excelente. Ela nos ajuda bastante, tanto no individual quanto quando é para falar em grupo. É uma honra ter ela conosco, pegar um pouquinho do que ela já viveu e trazer para nos ensinar agora. Ela só tem a agregar e a crescer junto com a gente no Vasco. porque ela já viveu muita coisa. Para a gente, ela é um espelho. Espero que ela possa ser muito feliz junto a esse grupo.
Embora seja de uma posição diferente, Mavi revelou que trocam figurinhas e que Kelly já deu algumas dicas e orientações.
— A fatiada. Ela tem uma fatiada excelente na bola. O jeito de bater falta. Ela dá muitas dicas para a gente. A gente está aprendendo aos poucos.
O peso da camisa para "Princesinha da Colina"
Mavi confessou que reconhece a responsabilidade de ser a referência no ataque do Vasco, mas contou que lida com isso transformando essa pressão em algo estimulante e que o sentimento que construiu pelo clube torna tudo mais leve.
— Eu tento não levar isso para o lado negativo, até porque é uma coisa boa, coisa feliz. Então, eu acho, de verdade, uma a uma, em poder defender essa camisa gigante, que eu amo demais.Então, eu não vejo como peso. Eu sei que é uma responsabilidade muito grande, mas também é uma coisa que eu sempre quis fazer. Levo com muita tranquilidade, com muita alegria, e isso fica muito nítido dentro de campo.
Natural de Cruz Cabral, na Bahia, Mavi está há dois anos no Vasco, mas sua identificação parece que vem de mais tempo. Ela contou queem sua cidade natal, conhecia alguns vascaínos que faziam caravanas para ir ao Rio de Janeiro nos jogos do Cruz-Maltino. Inclusive, que fizeram o mesmo para acompanhar a final da A3 em 2024, quando o clube conquistou o título. Se Mavi se considera vascaína? A resposta foi imediata:
— Com certeza. De coração e alma, agora. Para sempre. Desde que eu cheguei, a torcida me acolheu muito. Então, eu acho que isso facilita demais quando eu estou dentro de campo, em poder fazer os gols, em poder dar alegria para eles. Então, isso se tornou algo muito importante para mim, esse carinho que eu recebo.