Cris Gambaré, hoje coordenadora de seleções femininas e referência à frente do trabalho no Corinthians, analisou o cenário do futebol feminino no Brasil e relembrou a passagem marcante pelas Brabas.
Segundo ela, o Brasil ainda tem muito a evoluir na modalidade, embora tenha passado por um crescimento nos últimos anos.
— O Brasil tem grandes talentos. Hoje o Brasil é um celeiro. Só que ainda está desgovernado e desmotivado — disse ela, durante o Fórum de Futebol Feminino, em São Paulo, na manhã desta segunda-feira (17).
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A experiência no Corinthians
A ex-dirigente citou o Corinthians como exemplo e destacou o papel da comunicação para ampliar a relação com o torcedor.
— A minha primeira pessoa contratada dentro do departamento foi a de comunicação. O resto vem depois. Eu preciso comunicar — detalhou Gambaré, relembrando os primeiros passos do Departamento de Futebol Feminino do Corinthians, em 2016.
Sem dinheiro, o caminho foi de criatividade e parceria. "Eu falei: Milene (Domingues, ex-jogadora e hoje embaixadora), eu não tenho dinheiro para pagar. Vem embora, vamos falar, vamos. E disso nós fomos construindo o cenário dentro do clube." O resultado apareceu nas arquibancadas.
— Se tem torcedor, foi trabalho de formiga. E é possível. Hoje as pessoas pagam para assistir o jogo — exemplificou. Com 18 títulos pelo clube, deixou o Parque São Jorge para assumir a Seleção Brasileira e foi substituída por Iris Sesso.
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